Geral
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4 de abril de 2022
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18:07

Entidades da segurança pública realizam semana de mobilizações por reposições salariais

Por
Joana Berwanger
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Servidores da segurança pública realizaram marcha e ato em frente ao Palácio Piratini. Foto: Luiza Castro/Sul21
Servidores da segurança pública realizaram marcha e ato em frente ao Palácio Piratini. Foto: Luiza Castro/Sul21

Entidades representativas dos servidores da segurança pública do Rio Grande do Sul estão organizando mobilizações para acompanhar a reunião de negociação com o governo do Estado, prevista para acontecer ainda nesta semana. A categoria vem realizando uma série de ações nas últimas semanas para pressionar o governo, agora sob o comando de Ranolfo Vieira Júnior, na reposição de perdas salariais, que não acontecem desde a gestão de José Ivo Sartori (MDB).

Na última semana, mesmo sem qualquer negociação com as entidades, o Estado anunciou um reajuste de 6% nos salários da categoria. De acordo com Isaac Ortiz, presidente da UGEIRM, “somente a inflação de 2021 já supera esse índice”. Há categorias da segurança pública que há sete anos não recebem qualquer tipo de reposição em seus salários.

“Os servidores da segurança pública não pararam durante a pandemia do Coronavírus, permanecendo nas ruas, arriscando suas vidas, para garantir a segurança da população durante um dos momentos mais difíceis da nossa sociedade”, explica Ortiz. “É uma questão de justiça, que o governo reconheça o trabalho executado por esses servidores”.

A expectativa é que haja uma negociação entre as entidades e o poder público ainda nesta semana, já que, na legislação eleitoral, qualquer tipo de reposição das perdas inflacionárias deve ser realizada até 180 dias antes da data das eleições. Para isso, os servidores estão mobilizando a categoria para acompanhar a reunião, assim como pressionar o governo para apresentação de uma proposta concreta. 

“Nossa categoria está esgotada, com um contingente reduzidíssimo, salários congelados e condições de trabalho precárias. Os índices de violência, que caíram nos últimos anos, começam a dar sinais de crescimento”, aponta Ortiz. Participam da mobilização todas as entidades da segurança pública, como a UGEIRM/Sindicato (Sindicato dos Agentes da Polícia Civil), Asdep (Associaçãos dos Delegados da Polícia Civil), Amapergs (Sindicato dos Policiais Penais) e Sindiperícias (Sindicato dos servidores do IGP). 


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