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5 de fevereiro de 2022
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14:32

Ato em Porto Alegre pede justiça para Moïse Kabagambe e denuncia racismo estrutural no país

Por
Sul 21
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Ato em Porto Alegre reuniu centenas de pessoas no Parque da Redenção. (Foto: Luiza Castro/Sul21)
Ato em Porto Alegre reuniu centenas de pessoas no Parque da Redenção. (Foto: Luiza Castro/Sul21)

Assim como ocorreu em várias outras cidades brasileiras, Porto Alegre foi palco, neste sábado (5) de um ato pedindo justiça para Moïse Kabagambe, o jovem congolês que foi assassinado no Rio de Janeiro, quando foi cobrar uma dívida por dias trabalhados em um quiosque a beira-mar, na Barra da Tijuca. Moïse Kabamgabe, de 24 anos, vivia no Brasil com a mãe e os irmãos, todos refugiados políticos. Menos de uma semana após o assassinato de Moïse, outro homem negro, Durval Filho, foi morto a tiros, também no Rio de Janeiro, quando estava chegando em casa. O autor dos disparos foi um sargento da Marinha que alegou tê-lo confundido com um assaltante.

A manifestação em Porto Alegre, realizada nos Arcos do Parque da Redenção, reuniu centenas de pessoas, com representantes da comunidade congolesa, de imigrantes africanos de outros países, de coletivos do movimento negro, quilombolas, sindicatos, partidos políticos, parlamentares , movimento estudantil e movimentos sociais. O ato foi organizado por associações de imigrantes e refugiados congoleses, angolanos, senegaleses, haitianos, Frente Quilombola RS e União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO-RS) e Programa de Acolhimento de Estudantes Imigrantes e portadores de visto Humanitários da UFRGS,  entre outras entidades.

Representantes de imigrantes africanos e do Haiti falaram no ato, lembrando o quadro de racismo estrutural que existe no Brasil e que passa a ser uma dura realidade para muitas pessoas que chegam de outro país e não conhecem de perto esse cenário de violência e discriminação. Uma grande faixa foi estendida na manifestação, pedindo “Justiça para Moïse”. Cartazes lembraram outras vítimas recentes de crimes racistas violentos, como Beto Freitas, Durval Filho e Marielle Franco.

No Rio de Janeiro, a manifestação reuniu cerca de 8 mil pessoas em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca (Posto 8), onde Kabagambe foi espancado até a morte por três homens.  Em São Paulo, os manifestantes se reuniram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Em Brasília, o protesto foi na Esplanada dos Ministérios. Em vídeo divulgado nas redes sociais, a família de Moïse Kabagambe agradeceu a solidariedade de todos que estão protestando contra o assassinato.

Confira as fotos do ato em Porto Alegre:

Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
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