Geral
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14 de janeiro de 2022
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07:30

SindBancários e Fetrafi defendem protocolos do Banrisul em meio à nova onda de contágios da covid

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Guilherme Santos/Sul21

O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras  (Fetrafi-RS) manifestaram-se favoravelmente aos protocolos sanitários adotados pelo Banrisul frente à nova onda de contágios da covid-19. Na avaliação das entidades, enquanto o Banrisul fecha agências para proteger trabalhadores e clientes, outros bancos mantém casos suspeitos trabalhando normalmente. Os protocolos do Banrisul, acrescentam, construídos com movimento sindical, apontam para responsabilidade social com a saúde pública.

No Banrisul, 49 agências estão fechadas no Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Os fechamentos, aponta Luciano Fetzner, presidente do SindBancários, “significam que o Banrisul está cumprindo protocolos muito próximos daquilo que defendemos no movimento sindical. O contágio da ômicron é muito violento e atitudes rígidas têm de ser comemoradas. Infelizmente, tem gente que comemora subnotificações e omissões, fazendo coro com a lógica do governo federal. E isso não ajuda a proteger trabalhadores e clientes”.

Desde o início da pandemia, os sindicatos conquistaram um espaço para monitorar casos e protocolos junto ao Banrisul; um gabinete Covid foi criado e a Fetrafi-RS mantém uma sistemática com o banco para monitorar situações de risco e contágios nas unidades e aplicação de protocolos de medidas preventivas e de tratamento para eliminar focos transmissíveis do coronavírus.

A diretora de Saúde no Trabalho da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg, reforça que a interdição das agências é o procedimento estabelecido por esse grupo. “Isso é responsabilidade social com a saúde. Uma agência não pode ser um roteador, um disseminador de covid. O Banrisul está cumprindo os protocolos. Temos feito intervenções pontuais sobre gestores que descumprem os protocolos estabelecidos”.

Os sindicatos lamentam que o fechamento das agências do Banrisul tem aparecido em alguns veículos d a mídia gaúcha não como comprometimento do banco, mas como um incômodo. Para Luciano, essa abordagem “é uma distorção da opinião pública porque a mídia poderia – e deveria – valorizar o cuidado do Banrisul com clientes e funcionários e não tratar uma agência fechada como impacto no atendimento ou incômodo para clientes. O que o banco está fazendo é garantir a segurança da população e dos trabalhadores. Quem dera todos os bancos fechassem as agências quando há suspeitas e confirmações de casos”, alerta. 

Nas duas últimas semanas, o SindBancários e a Fetrafi-RS têm registrado relatos de situações em outros bancos de desrespeito com os trabalhadores e risco para clientes. Bradesco e Itaú estariam relaxando os protocolos e até omitido casos confirmados. “O Santander não sanitiza mais as agências, apenas higieniza. A gestão do Banco do Brasil também mudou de postura: não cobra uso de máscaras, não afasta colegas com sintomas e, mesmo com a explosão de casos de Covid, tem exigido visitas presenciais de gerentes para que atinjam as metas. Em alguns bancos, há situações em que, mesmo com funcionários contaminados, os demais trabalhadores seguem atendendo clientes enquanto aguardam o resultado dos testes. Na Caixa, a situação é de alerta e pressão nos gestores”, afirmam as entidades.

O avanço da ômicron e o aumento de influenza afetaram operações da aviação, varejo, serviços e indústria. O afastamento de trabalhadores tem exigido, muitas vezes, a volta ao home office. Medida que o movimento sindical bancário defende, inclusive, como prevenção de novos casos. “A defesa da vida sempre foi nosso principal foco, assinala o diretor de Comunicação do SindBancários e empregado do Banrisul, Gilnei Nunes. “Não é razoável defender o lucro acima da vida. Desde o início da pandemia temos lutado muito com os bancos para manter o home office. O Banrisul foi o que melhor respondeu, inclusive adiando a volta de 100% dos trabalhadores ao presencial; realidade em quase todos os outros bancos do país”. Nas agências, aponta o diretor, “sabemos que os colegas estão mais expostos e, por isso, é tão importante que o banco continue mantendo o protocolo de afastar colegas com suspeita e fechar agências, caso necessário.

(*) Com informações do SindBancários e da Fetrafi-RS.

 

 


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