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28 de setembro de 2021
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10:01

Motoristas de aplicativo têm reunião de mediação no TRT4 e fazem carreata contra bloqueios da Uber

Por
Sul 21
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Motoristas cobram reajuste das tarifas em Porto Alegre, como ocorreu em outras capitais. (Foto: Simtrapli/Divulgação)
Motoristas cobram reajuste das tarifas em Porto Alegre, como ocorreu em outras capitais. (Foto: Simtrapli/Divulgação)

O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) realiza, nesta quarta-feira (29), às 14 horas, uma reunião de mediação, por meio virtual, entre representantes de motoristas de aplicativo e da Uber, para tratar do bloqueio de contas promovido pela empresa, alegando excesso de cancelamento por parte dos motoristas bloqueados. Na manhã desta quarta, às 11 horas, haverá também uma manifestação de motoristas de aplicativo, que farão uma carreata, sindo do terminal da Avenida Antonio de Carvalho em direção à Câmara de Vereadores.

Em outra iniciativa, destinada a buscar soluções para o problema do transporte por aplicativos em Porto Alegre, representantes do Sindicato dos Motoristas de Transporte Individual por Aplicativo do Rio Grande do Sul (Simtrapli) participaram, segunda-feira (27), de uma reunião na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, onde se decidiu constituir um Grupo de Trabalho para elaborar um  projeto de regulação do setor, que substitua recente legislação que foi declarada inconstitucional em sua maior parte.

Entidades dos trabalhadores do setor estimam em mais de 15 mil casos de bloqueio no Brasil, cerca de 1% do total de motoristas cadastrados. Segundo o Simtrapli,  no Rio Grande do Sul ocorreram centenas de bloqueios. O Sindicato contesta a alegação da empresa sobre o excesso de cancelamentos, assinalando que isso está acontecendo “pelo grande número de viagens deficitárias que a empresa impõe, em face da enorme desfasagem de remuneração dos motoristas”. Ainda segundo o sindicaro, desde o início das operações da Uber no Rio Grande do Sul, em 2016, os motoristas acumulam um prejuízo de mais de 50% em seus ganhos. A Uber, observa ainda a entidade, reajustou suas tarifas em diversas cidades, como São Paulo, Brasília e Florianópolis, mas não o fez em Porto Alegre.


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