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2 de setembro de 2021
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08:54

Comitê ‘Por todas Daianes’ lança campanha para elucidar assassinato da jovem kaingang

Por
Sul 21
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Assassinato de Daiane mobilizou comunidades indígenas em todo o país. (Divulgação)
Assassinato de Daiane mobilizou comunidades indígenas em todo o país. (Divulgação)

Um comitê reunindo representantes de entidades indígenas, de direitos humanos, de movimentos de mulheres, de amigas e familiares foi criado esta semana para acompanhar as investigações do assassinato da jovem kaingang Daiane Gria Sales, de 14 anos, no dia 14 de agosto, na região noroeste do Rio Grande do Sul. A criação do comitê é um desdobramento da Audiência Pública promovida há duas semanas pelas Frentes Parlamentares Mistas de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos Direitos da População Indígena, com o apoio de várias organizações da sociedade civil e movimentos, como o Observatório das Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes, Levante Feminista contra o Feminicídio e CIMI.

O objetivo do Comitê foi definido assim pelas entidades proponentes: “Do luto à luta, é necessário conhecer a autoria do feminicídio de Daiane Gria Sales, indígena da etnia Kaingang, saber das circunstâncias do fato, exigir sua total apuração e repor a dignidade dessa jovem assassinada em 1º de agosto, aos 14 anos, em Redentora, Rio Grande do Sul, com requintes de perversidade”.

A campanha sob o lema “Quem Matou Daiane?- Quem mata uma mulher mata a humanidade” é a primeira ação, que visa manter viva a memória de Daiane e informar à sociedade que ela simboliza a luta contra o assassinato de todas as mulheres e meninas indígenas do Brasil.

Composto por amigas de Daiane, mulheres de sua comunidade, tanto da reserva indígena em que vivia como da cidade, defensoras e defensores de direitos humanos e do movimento feminista e da criança e do adolescente, o Comitê será um espaço aberto a acolher todas as pessoas, instituições e movimentos que queiram somar-se à luta.

O lançamento de um card com sua foto e um pequeno manifesto é a primeira ação pública, e caminhará junto às ações de apoio emocional, psicológico, social e jurídico à sua família, e de relações institucionais visando assegurar que as melhores técnicas serão usadas para apurar este feminicídio. Redes sociais serão criadas para manter este trabalho e servir de referência para esta luta.


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