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30 de janeiro de 2020
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20:48

Reitor da UFRGS irá criar comissão para discutir portaria do MEC que restringe viagens

Por
Luís Gomes
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Reitor da UFRGS irá criar comissão para discutir portaria do MEC que restringe viagens
Reitor da UFRGS irá criar comissão para discutir portaria do MEC que restringe viagens
Oppermann (centro) recebeu Eduardo Rolim (esq.) e outros membros da diretoria da Adufrgs | Foto: Divulgação/Ufrgs

Da Redação 

Representantes da diretoria da Adufrgs Sindical se reuniram nesta quarta-feira (29) com o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Rui Vicente Oppermann, para discutir os efeitos da Portaria 2.227 do Ministério da Educação (MEC), publicada em 31 de dezembro de 2019, que limita o acesso de servidores, incluindo professores e pesquisadores, a eventos de diversas naturezas fora da sede e do país.

Tesoureiro da Adufrgs Sindical, Eduardo Rolim de Oliveira expressou preocupação com os prejuízos acadêmicos e científicos decorrentes da limitação do número de participantes em eventos. Oppermann disse que o teor da portaria é preocupante e que será pauta da reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes) na próxima semana.

O reitor informou ainda que a UFRGS constituiu uma comissão para elaborar, até o dia 5 de fevereiro, uma sugestão de regulamentação do documento do MEC na universidade. Ele também adiantou que algumas universidades, como UFMG e UFRJ, já regulamentaram internamente o tema e que o resultado desses processos está servindo de base para o trabalho da comissão da UFRGS.

Na última quinta-feira (23), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviaram uma carta ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, solicitando revisão urgente da portaria que restringe o deslocamento de pesquisadores. As entidades pedem a revisão, em especial, do artigo 55, que determina que grupos de trabalhos podem enviar dois pesquisadores por unidade, órgão ou entidade vinculada, no máximo, para participar de eventos dentro do País e apenas um quando for no exterior. Há possibilidade de abrir uma exceção mediante “autorização prévia e expressa do Secretário Executivo”.

A ABC e a SBPC apontam, entre outras considerações, que tal restrição inviabilizará reuniões anuais das científicas, dificultará a participação de jovens pesquisadores em congressos científicos – o que contribuirá para o empobrecimento da formação dessa nova geração de cientistas -, além de acarretar risco iminente a missões bilaterais e colaborações internacionais.


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