Luís Eduardo Gomes
Um vídeo (ver abaixo) feito por servidores do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) mostra uma sala ligada ao setor de atendimento a vítimas de queimaduras tomado por goteiras em razão das chuvas que atingiram a Capital nesta terça-feira (23). A sala, que fica no último andar do prédio histórico do hospital, é utilizada para limpeza, aplicação de curativos e para o banho de pacientes com queimaduras graves. Devido à situação, o local não estava sendo utilizado nesta terça.
Da mesma forma, ele diz que, no verão, o local apresenta problemas de climatização e fica “quente demais” por causa de problemas no ar-condicionado. Para Paulo, o fato de os problemas se repetirem está ligado ao projeto da Prefeitura de terceirizar a gestão do HPS para uma organização social. “Esse é o atestado de incompetência do gestor. Por não querer e não ser capaz de resolver os problemas, quer entregar para a iniciativa privada o HPS”, diz.
A terceirização do HPS está no radar da gestão Marchezan. Em abril, durante o lançamento do chamamento público para a terceirização dos Pronto Atendimentos da Bom Jesus e da Lomba do Pinheiro — que foi suspensa pela Justiça –, o prefeito defendeu que isto pode ocorrer em um futuro próximo.
Diretor-geral do HPS de Porto Alegre, Amarílio Vieira de Macedo reconhece o problema, mas diz que está sendo maximizado pelos servidores. Ele afirma que o impacto da não utilização da sala é pequeno dentro do setor. “Seria ótimo que estivesse operacional, e a gente tem que fazer isso acontecer, mas não significa que é uma situação de inoperância. Não se deixa de fazer nada. A gente faz curativos de outra forma”, diz.
Macedo ressalta que o setor de atendimento a queimados, que conta com seis leitos de enfermaria e quatro leitos de UTI, está funcionando normalmente nesta terça, com quatro crianças e três adultos internados.
Segundo ele, o setor passou por um conserto no ano passado, mas a solução para o problema de goteiras na sala passa pela troca do telhado. “Foi um conserto, que é uma coisa provisória. O que tem que ser feito é a troca do madeirame, que é da época que o hospital foi construído”, afirma.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que o problema das goteiras só aconteceu na sala que é utilizada para hidroterapia e que o restante do hospital funcionou normalmente nesta terça. A pasta diz ainda que o hospital já conta com o projeto básico para corrigir o problema.