No sexto e último episódio do especial #SambaDoSul, entrevistamos Eugênio Silva de Alencar, também conhecido como Mestre Paraquedas. Carnavalesco, sambista, poeta, artista plástico, alegorista, cenógrafo, contador de histórias e mestre griô, é considerado um dos mais importantes compositores do samba gaúcho. Paraquedas começou a escrever letras de samba aos 7 anos de idade, tendo escrito sua primeira alegoria aos 10. Foram diversas composições para tribos sambistas, assim como para escolas, que vieram mais tarde.
Na entrevista, Paraquedas fala sobre sua trajetória como compositor e sambista, recorda as memórias de sua relação com o carnaval e conta histórias de infância e juventude.
“O samba nasceu dentro da minha casa! Minha mãe gostava de samba, meu pai gostava de samba, mamãe ajudou a fundar ‘As Iracemas’, quando nós morávamos na Getúlio Vargas, papai fundou ‘Os Aratimbós’ quando morávamos no Areal da Baronesa. Não teve uma época que eu entrei no carnaval, quando eu vi já estava dentro do Carnaval. (…) [A composição] é sempre a partir de uma necessidade. Foi assim que eu comecei como compositor: a necessidade de botar alguma coisa na avenida e não ter quem faça. Eu ia fazer dez anos quando fiz a minha primeira alegoria. Fiz minha primeira música quando eu tinha sete”, conta.
Também nesse episódio, conversamos com Stefania Johnson Colombo, que é bacharela em Música, flautista e compositora. Em seu trabalho de conclusão de curso, ela apresentou o projeto “Samba entre rios: cultura musical afro-gaúcha de Mestre Paraquedas”. Atualmente há um processo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para que Mestre Paraquedas seja reconhecido como Mestre da Cultura Popular, recebendo o título de Doutor de Notório Saber.
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