A Unisinos e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiro e Indígenas (Neabi) divulgou nesta semana o Edital de Chamamento Público para Ações Afirmativas de Concessão de Bolsas de Estudo e Permanência para Cursos de Graduação e Pós-Graduação. Além de garantir a integralidade da mensalidade, os selecionados receberão uma ajuda de custo de R$ 1.000,00 mensalmente. A bolsa é voltada para para pessoas pretas e pardas. As inscrições vão até o dia 1º de março.
O financiamento das bolsas faz parte do Termos de Acordo de Cooperação (TAC) firmado pelo grupo Carrefour com o Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Ministério Público do RS, Defensoria Pública da União e Defensoria Pública do RS em razão do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, em novembro de 2020, por dois seguranças de um mercado da rede em Porto Alegre. O acordo totalizou o valor de R$ 115 milhões a serem revertidos estabelecimento de políticas internas de enfrentamento ao racismo e de reparação coletiva, dos quais R$ 74 milhões deveriam ser destinados para bolsas de educação formal.
As bolsas são válidas já para o primeiro semestre de 2024. O edital oferece vagas nos seguintes cursos de Pós-Graduação Lato Senso: Especialização em Arquitetura Comercial (2), Especialização em Avaliação Psicológica (2), Especialização em Cidades – Gestão Estratégica do Território Urbano (2), Especialização em Construção Civil – Gestão, Tecnologia e Sustentabilidade (2), Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho (3), Especialização em Psicologia Jurídica (2), LLM em Direito dos Negócios (2) e MBA em Gestão Empresarial (2). Confira a íntegra do edital.
Coordenador do Neabi, professor Jorge da Silva avalia que ter bolsas de estudos e de permanência para pessoas pretas e pardas na universidade é uma forma de investir na equidade racial, diminuindo a desigualdade observada no Brasil. “Essa ação nos enche de esperança”, diz.
A diretora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Unisinos, Maura Corcini Lopes, afirma que a iniciativa mostra o engajamento da instituição no combate ao racismo. “Acreditamos que por meio de ações afirmativas e da educação podemos construir parte das condições necessárias para a promoção da justiça social no Brasil. Lutamos pelo respeito e pela promoção da diversidade e da diferença”, afirma.
