Educação
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12 de outubro de 2023
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16:07

Documento confirma que escola no Menino Deus não precisa ser fechada para obras

Por
Duda Romagna
[email protected]
Foto: Christopher Dalla Lana
Foto: Christopher Dalla Lana

No início do mês, a comunidade da Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Euclides da Cunha foi surpreendida com o anúncio de que a instituição deveria fechar suas portas em até 15 dias devido ao risco de queda de um muro nos fundos da escola. Após uma mobilização de pais, professores e alunos, a diretora Fabiana Silva apresentou um documento de 25 de agosto que atesta que a interdição poderia ser parcial para técnicos e representantes da 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e da Secretaria de Obras Públicas que visitavam a escola.

Leia também: Comunidade teme que fechamento temporário encerre aulas em escola do Menino Deus

O registro oficial desmente alegações de que o prédio deveria ser totalmente interditado, com as aulas interrompidas e os alunos transferidos para três escolas. A medida já havia sido anunciada pelo Estado como definitiva, por meio de solicitações de preferências de realocação dos alunos, e preocupou o corpo docente e pais que temiam que o fechamento não fosse temporário. Os problemas na estrutura eram apontados desde 2014 pela direção da escola.

A comunidade informou à Secretaria que, caso não ocorra a instalação de tapumes isolando a área e o cancelamento da transferência dos alunos até a segunda-feira (16), será convocada uma mobilização em frente ao Palácio Piratini na terça (17). Um abaixo-assinado foi organizado entre os pais de alunos e docentes. O fechamento da escola poderia afetar cem estudantes e suas famílias, além de oito alunos acolhidos pelo projeto Pão dos Pobres.

Para a presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, Sofia Cavedon (PT), é importante notar que a intenção fechamento pode estar ligada às políticas de “enxugamento” das escolas da rede estadual, o que justifica o medo da comunidade de não ser temporário.

“A escola já é uma vítima do enxugamento dos últimos anos, pois foram fechando os primeiros anos, por conta dessas políticas. O ano letivo tem que ser concluído com seus professores e colegas, com o seu grupo. Nós vamos impedir essa medida absurda de transferir alunos para outras escolas”, afirma a deputada.


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