Um total de 1.479 contratos de trabalho na área da educação foram extintos por morte entre janeiro e abril de 2021. O número representa aumento de 128% em comparação com igual período de 2020. Rondônia, Amazonas e Mato Grosso são os estados que tiveram o maior aumento de desligamentos por morte entre os trabalhadores da educação — os três Estados também têm as maiores taxas de mortalidade por covid-19 no Brasil.
O estudo, realizado pelo Dieese, aponta crescimento de 103% no Rio Grande do Sul. Foram 29 contratos encerrados por morte na área educacional entre janeiro e abril de 2020, e 59 no mesmo período de 2021.
Em números absolutos, o setor educacional foi o que teve o maior aumento de contratos finalizados por morte no Brasil. Em geral, os primeiros quatro meses de 2021 apresentaram aumento de 89% de desligamentos de trabalhadores por morte no País: 18.580 em 2020 e 35.125 entre janeiro e abril desse ano. Na educação, esse número mais do que dobrou. O setor foi o quarto com o maior registro de contratos formais extintos devido ao falecimento de trabalhadores.
Entre as diferentes funções da área educacional, os profissionais do ensino, como professores e coordenadores, foram os que mais tiveram vínculos encerrados por morte: 612 nos primeiros quatro meses de 2021.
Entre os profissionais da educação, os professores com ensino superior atuantes no ensino médio representam o maior aumento de contratos encerrados por morte. Entre janeiro e abril de 2021, essa quantidade mais que triplicou em relação a 2020, um crescimento de 258%.
O número de contratos extintos por morte entre professores de nível médio que atuam na educação infantil e fundamental também teve aumento expressivo: 238% nos quatro primeiros meses de 2021.
O segundo grupo mais afetado na área educacional foi dos trabalhadores dos serviços de apoio nas escolas, como faxineiros, porteiros, zeladores e cozinheiras. Foram 263 desligamentos por morte entre janeiro e abril desse ano.