Economia
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16 de maio de 2023
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12:01

Petrobras reduz gás de cozinha em 21,3%, gasolina em 12,8% e diesel em 12,6%

Por
Luís Gomes
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou a redução nos preços | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou a redução nos preços | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou nesta terça-feira (16) a redução do preço dos combustíveis que resultado do fim da política de paridade internacional de preços do petróleo e combustíveis derivados. A partir desta quarta-feira (17), a gasolina A terá redução de 40 centavos por litro, o que representa queda de 12,6% em relação ao preço atual. O diesel terá redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%) e o gás de cozinha (GLP) de R$ 8,97 por botijão de 13 kgs (-21,3%).

Prates pontuou que a gasolina A é aquela antes da mistura com etanol e antes de chegar para a distribuição e revenda, ou seja, são os valores da refinaria. O mesmo vale para o diesel. O valor de revenda não é controlado pela estatal.

Contudo, o presidente da estatal também divulgou estimativas de redução do preço final. A projeção é que a gasolina na bomba (tipo C) caia de uma média atual de R$ 5,49 para R$ 5,20. O diesel cairia de R$ 5,57 para R$ 5,18. “E botijão de gás, que é a melhor de notícia, baixamos de R$ 100. Pela primeira vez desde outubro de 2021, nós teremos o botijão de gás com preço médio esperado no mercado a R$ 99,87”, disse Prates em coletiva de imprensa.

Na segunda-feira (15), a Diretoria Executiva da Petrobras aprovou sua estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina. A nova política encerra a subordinação dos valores ao preço de paridade de importação.

A mudança faz parte da estratégia do governo federal de “abrasileirar” o preço dos combustíveis. “Abrasileirar os preços significa levar as nossas vantagens em conta, porém sem tirar o Brasil do contexto internacional. O fato de eu ter uma refinaria aqui e ter uma boa parte dos meus custos em reais não pode se comparar com a paridade de importação, que era basicamente uma abstração. Era pegar um preço lá fora, colocá-lo aqui dentro com todos os custos, despesas e relacionamentos como se ele tivesse sido produzido lá fora, só que na refinaria daqui. Isso, na verdade, é o preço do nosso concorrente pior, que não consegue produzir aqui, que não tem produção de petróleo aqui. Então, esse é o pior cenário”, afirmou o presidente da Petrobras.

A partir de agora, as referências de mercado serão o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras. Segundo a empresa, o custo alternativo do cliente contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto.

As premissas, segundo nota divulgada pela empresa, são preços competitivos por polo de venda, participação “ótima” da Petrobras no mercado, otimização dos seus ativos de refino e rentabilidade de maneira sustentável.

“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, segundo nota divulgada pela empresa.

Os reajustes continuarão sendo feitos sem uma periodicidade definida e evitará repasses da volatilidade dos preços internacionais e do câmbio aos consumidores brasileiros.

“A precificação competitiva mantém também um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico. A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com a sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado, ao passo que entrega aos seus clientes maior previsibilidade por meio da contenção de picos súbitos de volatilidade”, diz a nota.

As decisões sobre os preços continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo presidente da empresa, Jean Paul Prates, pelo diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados e pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.

*Com informações do G1 e da Agência Brasil.


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