Morreu na última terça-feira (6), aos 91 anos, o escritor norte-americano Ray Bradbury. Sua morte, no entanto, foi confirmada por sua filha apenas nesta quarta (7). Famoso autor de ficção científica, Bradbury tornou-se célebre com as obras “Crônicas Marcianas” (1950) e “Farenheit 451” (1953), uma fábula sobre a censura levada ao cinema em 1966 pelo realizador François Truffaut. O autor publicou romances, contos, peças teatrais e argumentos para televisão, alguns deles integrantes da clássica série de ficção-científica Twilight Zone. Recebeu dezenas de prêmios, entre eles uma menção especial do Pulitzer em 2007, e recebeu em 2004, das mãos do então presidente dos EUA George W. Bush, a National Medal of Arts Award. Um asteróide, descoberto em 1992 seria batizado de “9766 Bradbury” em sua homenagem. Nos últimos anos de vida, havia deixado de comparecer em convenções de ficção-científica, das quais sempre participou enquanto sua saúde permitia. E ainda que tenha retratado uma série de progressos tecnológicos em seus livros, Ray Bradbury mostrava-se no fim da vida um tanto cético e até amargurado com o domínio das máquinas na vida do homem. Resistiu até o final de 2011 ao lançamento de suas obras em e-book, dizendo que havia “tecnologia demais” em nossas vidas. “Temos que nos livrar de todas essas máquinas. Temos celulares demais, internet demais”, disse ele em entrevista ao Los Angeles Times em 2010, lamentando que as tecnologias digitais estivessem, segundo ele, diminuindo a capacidade humana de comunicação e convivência.
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