Da Redação
O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse nesta segunda-feira (17) que repudia “veementemente” as denúncias publicadas no fim de semana. Segundo o ministro, as fontes da reportagem da revista Veja são “bandidos” e a única vez que recebeu o principal denunciante, o ex-militante do PCdoB João Dias Ferreira, foi quando era secretário executivo na gestão do então ministro Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal.
Leia mais:
– Dilma defende Orlando Silva e diz que governo presume inocência
Na reportagem, o ministro é acusado pelo pelo policial militar João Dias Ferreira de fazer parte de um esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo. O programa prevê a distribuição de recursos a organizações não governamentais com objetivo de motivar jovens à prática de atividades esportivas.
“Repudio veementemente as falsidades publicadas na reportagem deste final de semana. Mentiras cujas fontes são bandidos”, afirmou o ministro. “A única vez que estive com este caluniador foi quando eu era secretário executivo do Ministério do Esporte, na gestão do então ministro Agnelo Queiroz, que havia recomendado que o recebesse e que fosse firmado o acordo”.
Orlando Silva disse, no entanto, que considera o governador Agnelo Queiroz (PT), ex-filiado do PCdoB, uma pessoa correta. “Quero crer que agiu de boa fé. Não quero crer que o governador sabia de qualquer informação que fosse desabonadora.”
O ministro ressaltou que tomou a iniciativa de pedir que à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que façam as investigações necessárias sobre as denúncias veiculadas e que também protocolou pedido de audiência na Comissão de Ética da Presidência da República para se explicar. Orlando Silva também confirmou estará na Comissão de Turismo e Desporto e de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, às 14h30. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também admitiu que ainda esta semana Silva deverá ir ao Senado para falar sobre as denúncias.
“Estou confiante para que a verdade seja reestabelecida, não é possível que um criminoso se converta numa fonte de verdade”, disse o ministro. “Vou até as últimas consequências para defender minha honra.”
Orlando Silva disse que vai impetrar ações por calúnia e por danos morais. Sobre sua situação no governo, o ministro disse que conta com o apoio do partido e que encontrou, em conversa com os ministros da Casa Civil, Gleise Hoffman, e da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, solidariedade e muita confiança.
Com informações da Agência Brasil
