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28 de setembro de 2011
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19:00

Na França, feministas pedem fim da distinção de “senhorita” e “senhora”

Por
Sul 21
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Na França, feministas pedem fim da distinção de “senhorita” e “senhora”
Na França, feministas pedem fim da distinção de “senhorita” e “senhora”
Entidade diz que diferenciação em formulários revela tratamento machista e invade a privacidade das mulheres | Foto: Reprodução

Da Redação

Associações de feministas da França lançaram uma campanha para excluir dos formulários oficiais a distinção entre “mademoiselle” e “madame”, ou seja, senhorita e senhora. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (28) pela representante do coletivo Osez le féminisme!, Agathe Paintaud.

O entendimento das feministas é que a opção, amplamente utilizada nos formulários oficiais e corporativos da França, se “intromete” na privacidade das mulheres e revela um tratamento machista, além de “atentar contra a vida particular das mulheres”. A entidade argumenta que aos homens “não é solicitado que indiquem seu estado civil”.

Para a entidade, esse costume é “revelador da concepção retrógada do casamento”, visto que “transmite a impressão de que uma mulher só alcança sua plenitude depois de casada, quando, então, a ‘madame’ se iguala ao “monsieur”, ou seja o senhor. Agathe também destacou que outros países como Dinamarca, Alemanha e Portugal extinguiram seu uso administrativo.

A campanha, que busca se espalhar a partir do site madameoumadame.fr, tentará pressionar o governo francês sobre a questão, embora a dificuldade principal dessa luta se encontre precisamente no fato de que da inexistência de uma lei que obriga a diferenciação.

“Pedimos que os costumes mudem e que não sejam colocados obstáculos às mulheres que querem mudar esse aspecto”, destacou Agathe, afirmando que “frequentemente” as pessoas do sexo feminino se deparam com exigências de papéis que certifiquem seu estado civil “quando as instituições não têm direito a isso”.

A militante feminista explicou que esses gestos simbólicos, “fazem parte de um todo”, que se expressa de forma mais visível em questões como a desigualdade salarial e os maus-tratos.

Com informações da Folha de S. Paulo


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