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18 de julho de 2011
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15:09

Cachoeira do Sul se mobiliza por campus da UFSM na cidade

Por
Sul 21
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Manifestação em defesa da expansão da UFSM para Cachoeira do Sul | Foto: Màu Souza/Divulgação
Proposta de expansão da UFSM para Cachoeira do Sul está em análise no Ministério da Educação | Foto: Màu Souza/Divulgação

Vivian Virissimo

O movimento pela instalação de um campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em Cachoeira do Sul, na região central do Rio Grande do Sul, ganhou força nos últimos dias. Em agosto, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa promove audiência pública para discutir a proposta, que será analisada pelo Ministério da Educação após a aprovação, pelo Congresso, do Plano Nacional do setor.

Na última quarta-feira (13), milhares de estudantes realizaram uma manifestação em Cachoeira do Sul, como parte da campanha “Vem UFSM: o estudante quer, a região precisa”, que conta com apoio de 11 prefeituras de região. Com o objetivo de aglutinar forças para pressionar o governo federal, a campanha fortalece uma ideia que ronda o imaginário dos cachoeirenses há muitos anos.

Na próxima quarta, o reitor da UFSM estará em Cachoeira a convite da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacisc). No dia 8 de agosto, Comissão de Educação da Assembleia Legislativa vai promover uma audiência pública, proposta pelo deputado Mano Changes (PP), que esteve presente na manifestação na semana passada.

“Esta é uma ideia antiga da população que, desde a década de 1970, começou a cogitar a abertura de um curso de Direito da UFSM em Cachoeira do Sul. Em 1995, também houve uma tentativa de federalizar a Univale, instituição que acabou fechando suas portas. Agora presenciamos um novo movimento que se formou nos últimos dois anos que resultou na criação da Comissão Comunitária pró-UFSM mais recentemente”, explica o Pró-reitor de Assuntos Estudantis da UFSM, José Francisco de Oliveira, que coordenou a elaboração do projeto pedagógico submetido ao Ministério da Educação (MEC).

Manifestação em defesa da expansão da UFSM em Cachoeira do Sul | Foto: Màu Souza/Divulgação
Manifestação reuniu milhares de estudantes na última quarta-feira (13) em Cachoeira do Sul | Foto: Màu Souza/Divulgação

Conforme a vereadora Mariana Carlos (PT), coordenadora de Mobilização Estudantil da Comissão Comunitária pró UFSM, a primeira reunião da comissão já definiu a necessidade de que o movimento ganhasse as ruas. “Fizemos um chamamento para envolver os estudantes na campanha com a intenção de fazer uma grande mobilização estudantil”, afirma.

Após a manifestação da semana passada, o movimento entregou um abaixo-assinado, com dez mil assinaturas, para o presidente da Comissão Comunitária pró UFSM, João Ricardo Tavares. Este documento também será entregue ao Ministério da Educação e à reitoria da UFSM.

De acordo com o projeto elaborado pela Pró-reitoria da UFSM, a previsão é de que o campus fique pronto em cinco anos após a assinatura do convênio. Também já foram definidos os três primeiros cursos que serão ofertados pelo campus: bacharelado em Ciência e Tecnologia, além de duas licenciaturas em Matemática e Física.

Conforme assessoria de imprensa da Secretaria de Educação Superior do MEC, a análise de instalações de qualquer novo campus no País aguarda a aprovação do Plano Nacional de Educação, que deverá ser votado no Congresso no próximo semestre. Este plano vai prosseguir com o projeto de expansão do ensino público universitário iniciado por decreto em 2003 e aprofundado pelo Reuni.

Vereadora Mariana Carlos (PT) e deputado Mano Changes (PP) participaram da mobilização | Foto: Màu Souza/Divulgação
Vereadora Mariana Carlos (PT) e deputado Mano Changes (PP) participaram da mobilização | Foto: Màu Souza/Divulgação

“Com a possibilidade aberta pelo Reuni e outros projetos de expansão do MEC, Cachoeira voltou a sonhar com o pólo de ensino superior. Nós já contamos com um pólo da UAB, instituição federal de ensino à distância, mas não contamos com o ensino público federal presencial”, diz a vereadora Mariana Carlos.

A instalação do campus depende de contrapartida da prefeitura, que deverá conceder uma propriedade de 100 hectares, além de manter uma moradia estudantil e um restaurante universitário. Ao governo federal, caberá o investimento para construção de prédios e laboratórios do campus, bem como a contratação de professores e servidores públicos.

Se o MEC aceitar a proposta encaminhada pela prefeitura, o projeto vai tramitar em dois conselhos da UFSM: no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e no Conselho Universitário. A UFSM já tem vários exemplos de expansão para outros municípios como Palmeira das Missões e Frederico Westphalen, além de ter contribuído para a implantação de cinco campi da Unipampa em Uruguaiana, Itaqui, São Gabriel, São Borja e Alegrete.


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