Coronavírus
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5 de março de 2021
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21:44

RS permanecerá sob bandeira preta até o dia 21 de março

Por
Sul 21
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RS permanecerá sob bandeira preta até o dia 21 de março
RS permanecerá sob bandeira preta até o dia 21 de março
Rio Grande do Sul seguirá em bandeira preta por mais duas semanas. (Divulgação/Governo do Estado)

Da Redação

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou, no final da tarde desta sexta-feira (5), que o Estado permanecerá as duas próximas semanas sob as regras da bandeira preta, em função da manutenção do quadro de altíssimo risco de contágio do novo coronavírus e da situação de esgotamento do sistema hospitalar para atendimento dos pacientes com covid-19. Segundo Eduardo Leite, a medida foi tomada com base na situação atual do RS e também na experiência de outros países que prevê um período de pelo menos três semanas de isolamento social mais drástico para que se consiga achatar a curva de contágio.

O governo anunciou ainda que o regime de cogestão com os municípios deve voltar a entrar em vigor no dia 22 de março e, a partir desta data, os protocolos da bandeira vermelha, que indica alto risco de contágio, devem se tornar mais restritivos do que aqueles que estavam valendo até o Estado inteiro entrar na bandeira preta. Eduardo Leite anunciou também a suspensão geral de atividades após às 20h até o dia 31 de março.

Outra medida anunciada pelo governador foi a adoção, a partir de segunda-feira (8), de restrição de vendas de produtos não essenciais em supermercados. A partir de segunda, só poderão ser vendidos nos supermercados produtos dos setores de alimentação, limpeza e higiene. Um decreto complementar deve ser publicado ainda nesta sexta-feira, estabelecendo sanções aos estabelecimentos comerciais que venderem itens não essenciais de forma presencial.

“Estamos numa situação muito crítica e que piora a cada dia. Mesmo com os esforços de ampliação de leitos, a velocidade de propagação do vírus e a velocidade do aumento das internações hospitalares é enorme, muito maior do que tivemos nos momentos críticos do ano passado. Em cada um dos picos de julho e novembro, chegamos a 2,6 mil pacientes internados em leitos clínicos e de UTI. Agora, temos mais de 7,2 mil pessoas hospitalizadas por Covid-19”, disse Eduardo Leite.

A alta taxa de internações, assinalou ainda o governador, é agravada pela velocidade cinco vezes superior na variação diária de hospitalizações. Se antes cerca de 60 leitos eram ocupados por dia, agora, são, em média, 350 pacientes a mais diariamente. Como essa variação (diferença entre número de pacientes que entraram e saíram de internações), que começou na metade de fevereiro e segue aumentando, significa que o pico ainda não foi alcançado e que, mesmo depois de alcançá-lo, ainda haverá maior demanda por leitos. “A situação ainda vai piorar antes de melhorar”, resumiu o governador gaúcho.


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