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7 de junho de 2016
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21:54

‘Abraço’ à Reitoria da UFRGS pede volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Sul 21
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Centenas de professores, técnico-administrativos e estudantes participaram do abraço simbólico | Foto: ADUFRGS/Divulgaçõ
Centenas de professores, técnico-administrativos e estudantes participaram do ‘abraço’ | Foto: ADUFRGS/Divulgaçõ

Da Redação*

Centenas de professores, técnico-administrativos e estudantes da UFRGS e da UFCSPA promoveram, ao meio-dia desta terça-feira (7), um abraço simbólico ao prédio da Reitoria, em protesto contra o fim do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), anexado ao Ministério das Comunicações pelo governo interino de Michel Temer.

Sob as palavras de ordem “Volta MCTI”, “Fica MCTI”, “Vem, vem, vem, pra rua vem. Pela ciência! e “O país não tem futuro sem ciência e inovação”, manifestantes se reuniram em frente ao prédio da Reitoria da UFRGS, na Avenida Paulo Gama e, de mãos dadas deram a volta em toda a quadra onde ficam a Reitoria, a Faculdade de Educação, a Faculdade de Arquitetura e o Museu da UFRGS. O ato foi organizado pela parceria do Sindicato Intermunicipal dos Professores de IFES do RS (ADUFRGS-Sindical).

Foto: ADUFRGS/Divulgação
Foto: ADUFRGS/Divulgação

Segundo Márcia Barbosa, diretora do Instituto de Física da UFRGS, o ‘Movimento Volta MCTI’ ou ‘Fica MCTI’ surgiu de forma espontânea entre pesquisadores de várias partes do país. “Começamos a nos juntar, cada um com sua contribuição. Já tivemos eventos na UFRJ, na UFMG, na UFBA, na UnB. E agora a UFRGS está mostrando o que é ser UFRGS. Ser UFRGS é num dia frio como esse, estar na rua para juntos e juntas dizermos que Ciência e Tecnologia é muito importante pra gente atravessar essa crise. E acima de tudo, não vamos aceitar a destruição da estrutura que levou tantos anos para ser construída. Essa luta só acaba quando a gente tiver de volta o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”, ressalta a pesquisadora. Márcia avalia que o ato foi um sucesso, não apenas pelo número de pessoas, mas por ter reunido pesquisadores das mais variadas vertentes políticas e ideológicas em prol de uma causa comum: a defesa da ciência e tecnologia.

Maria Luiza Ambros von Holleben, presidente da ADUFRGS-Sindical, disse que ficou surpresa com a resposta positiva da comunidade. “Esta é a resposta de nossos professores e pesquisadores à extinção do MCTI. Foi uma manifestação muito bonita, em que ficou claro que os professores estão preocupados com o futuro da educação, da ciência e tecnologia do país. Este abraço à UFRGS simboliza um abraço ao berço da ciência do Rio Grande do Sul, uma vez que a maioria dos professores das Instituições que o Sindicato representa (UFRGS, UFCSPA, IFRS e IFSul) fizeram a sua formação na UFRGS”.

Para o professor do Instituto de Física e diretor da ADUFRGS-Sindical, Paulo Machado Mors, o Movimento é uma reação necessária diante da “provocação” de terem colocado o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação em uma escrivaninha, em um canto de corredor do Ministério das Comunicações. “Precisamos reagir contra isso e recuperar a dignidade do fazer ciência e tecnologia no País, porque senão vamos continuar sendo quarto mundo”, avalia.

*Com informações da ADUFRGS


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