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2 de outubro de 2016
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19:56

Mesário denuncia ter sido agredido por eleitora que fazia boca de urna para o PMDB no Julinho

Por
Sul 21
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Foto: Guilherme Santos/Sul21
Mesário relatou aos agentes da Justiça Eleitoral o ocorrido e registrou boletim de ocorrência | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Débora Fogliatto

Uma eleitora do PMDB causou confusão no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, onde estava fazendo boca de urna durante a eleição deste domingo (2). O mesário César Rolim, da 94ª Seção Eleitoral, estava trabalhando quando a avistou distribuindo santinhos de um candidato a vereador do partido, e a abordou. Segundo ele, a mulher o ignorou e continuou falando sobre as plataformas do candidato com pessoas que esperavam na fila, nos corredores e nas salas.

Ela teria, então, ido conversar com outra mesária e César a seguiu, afirmando que ela havia cometido um crime eleitoral. “Ela me ignorou totalmente, eu perguntei se ela já havia votado, e precisei conduzi-la para a sessão dela. Quando eu voltei para a minha sessão, outros eleitores já tinham relatado que ela estava entregando panfleto dentro do Julinho”, conta ele. Quando foi reprimi-la novamente, a mulher começou a xingá-lo e chamá-lo de “petista” e se dirigiu para fora do prédio.

Após ser xingado, César a seguiu com o intuito de denunciar a atitude para a Brigada Militar ou algum fiscal da Justiça Eleitoral. “Eu já estava extrapolando meu papel, que era ser mesário. Estava fazendo muito além do que me cabia. Então decidi filmar, mas ela se avançou em mim, me deu um tapa no rosto e tentou arrancar o celular, na porta aqui da escola”, conta. Ao avistar uma viatura da BM, relatou o ocorrido para duas policiais, que seguiram a mulher, mas a perderam de vista quando ela entrou em sua residência, próxima ao colégio.

O mesário registrou ocorrência contra a infratora, cujo nome ele obteve devido ao registro de voto. Segundo a fiscal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Irani Oliveira, o procedimento padrão é que a infração seja registrada em ata pelos presidentes da mesa, que devem reunir testemunhas. “No caso, o rapaz da portaria viu a pessoa sair correndo, além de mesárias de outras duas sessões, nas quais eu pedi que os presidentes relatassem em ata. E na seção onde ela votou, temos o nome dela. Tudo isso está registrado”, garantiu ela, dizendo que as orientações foram passadas pelo chefe da segunda zona eleitoral, Vicente Pilate. A partir desses registros e do BO feito por César, a Justiça Eleitoral deve decidir as medidas a serem tomadas.


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