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8 de setembro de 2015
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02:24

Servidores da segurança decidem retomar greve até dia 11

Por
Sul 21
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Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação*

Em reunião na noite desta segunda-feira (7),  as entidades ligadas à segurança pública decidiram pela retomada da paralisação até sexta-feira, às 18h. Na última sexta (5), as categorias tinham encerrado a greve deflagrada no dia 31 de agosto, porém entraram em operação padrão. No período de greve, só casos emergenciais serão atendidos. No casos dos policiais militares, eles permanecerão aquartelados nas unidades em que servem e só sairão para atender ocorrências envolvendo crimes contra a vida. Nesta terça-feira (08), a partir das 8h, as entidades da segurança se juntam às demais na montagem de um acampamento na Praça da Matriz. O objetivo é acompanhar a tramitação dos projetos na Assembleia Legislativa que, segundo os representantes dos funcionários públicos, “atacam os servidores” e pressionar os deputados para a rejeição dos propostas que criam a Lei Estadual de Responsabilidade Fiscal, institui a previdência complementar para os futuros servidores e que transforma a licença-prêmio em capacitação.

Na reunião desta segunda,  as entidades avaliaram que o movimento até agora alcançou seu objetivo, que é pressionar o governo e os deputados. Hoje, segundo os representantes das categorias, a situação dos servidores gaúchos é de conhecimento de todo o país. A população gaúcha, conforme as lideranças sindicais, têm se solidarizado com os servidores e entendido “o verdadeiro absurdo que é receber um salário de R$ 600 no fim do mês”, uma vez que o Piratini parcelou em até vezes a folha do mês de agosto. Porém, segundo as entidades, apesar do governo José Ivo Sartori se encontrar “extremamente pressionado e fragilizado”, ainda não apresentou nenhum recuo significativo na sua política de desmonte do serviço público e, em particular, da segurança pública. Por isso, justificaram os sindicalistas, a decisão da manutenção da greve.

As entidades entendem que “é impossível manter um serviço digno para a população com o trágico parcelamento dos salários a que estão submetidos os servidores.” Além disso, o entendimento é que a votação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que retira direitos dos servidores, ameaçando a implementação da tabela de subsídios, impedindo a contratação dos concursados e a promoção dos servidores, inviabiliza a segurança pública do Estado. As soluções, na opinião das entidades, apresentadas até agora pelo governo só penalizam ainda mais a população gaúcha, aumentando impostos e privatizando o serviço público. Por isso, as lideranças sindicais defendem uma outra saída, com a renegociação da dívida, o fim dos subsídios às grandes empresas e o combate real da sonegação.

O vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Investigadores e Inspetores da Polícia do Rio Grande do Sul (Ageirm), Fábio Castro, ressalta que “é fundamental o apoio a mobilização dos familiares dos brigadianos.” “As esposas e familiares têm sido um exemplo de luta, com seus bloqueios dos batalhões e sua disposição de luta. Um dos grande ganhos dessa paralisação é a unidade das entidades da segurança pública, precisamos mantê-la e ampliá-la”, avalia Castro.

Soluções

“Agora é a hora de aumentarmos a nossa mobilização, fazendo uma paralisação ainda mais forte do que na semana passada. O governo está acuado, mas ainda não cedeu no essencial e continua a sua indefinição para resolver o problema dos salários. Sabemos que existem soluções e não aceitaremos que a incompetência dos governantes recaia sobre as costas dos servidores e da população gaúcha, que necessita de serviços públicos de qualidade”, afirma o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz.

Participaram da reunião, além da Ugeirm, representantes do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Amapergs), da Associação dos Cabos e Soldados (Abamf), do Sindicatos dos Servidores do Instituto de Perícias (Sindperícias) e da Associação de Sargentos, Subtenentes, Tenentes e Bombeiros da Brigada Militar (Asstbm).

*Com informações da assessoria de imprensa da Ageirm


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