Agenda Clandestina
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2 de outubro de 2020
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16:59

Agenda Clandestina: Dia da Música

Por
Sul 21
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Agenda Clandestina: Dia da Música
Agenda Clandestina: Dia da Música

Revista Clandestina

Qual a música da tua vida? É com esta pergunta que começamos mais uma Agenda Clandestina aqui no Sul21. Nesta última quinta-feira (1º) foi celebrado o Dia da Música, uma das mais antigas manifestações artísticas da humanidade. Desde o tambor de tribos primitivas, até a pós-modernidade pandêmica manifestada em shows pelas janelas ou danças solitárias na sala de casa, a música é sempre uma boa companhia.

Como todas as outras artes, a música faz pensar, relaxar, divertir, entristecer. Transporta a outros mundos, nos leva a momentos passados e pode criar realidades paralelas – algo bastante importante em momentos de distopia como esse que parecemos viver no Brasil de 2020. Pensando nisso, convidamos os curadores e colaboradores da Clandestina para dividirem qual a música de suas vidas – ou, mais provável, alguma das músicas que marcaram suas vidas – e o porquê desta escolha.

Confira:

‘Undiú’, de João Gilberto, por Fernando Ramos
“Escolho Undiú, de João Gilberto, porque poderia ouvir durante a eternidade toda, se houvesse eternidade. Ela faz chegar perto do silêncio, abre momentos de diálogos com o silêncio”.
Ouça no link:

 

‘Alegria, Alegria’, de Caetano Veloso, por Marina Azevedo
“Escolhi Caetano, que é sem dúvidas o meu favorito. E Alegria, Alegria, que é uma ode à liberdade em tempos tão duros.”
Ouça no link:

 

‘Suítes para violoncelo’, de Johann Sebastian Bach, por Ana Laura Freitas
“Pra trazer uma referência da música clássica: Suítes para violoncelo de Johann Sebastian Bach. Gastei o discman quando meu irmão mais velho me apresentou. Foi quando eu comecei a me interessar mais por essa tradição musical. Acho que é uma bela porta de entrada.”

 

‘Le Tombeau de Couperin’, de Ravel, por Bruno Melo
“Para mim, uma composição que me tirou do chão, me fez sonhar acordado e viajar no mundo dos sentidos é uma obra de Ravel chamada Le Tombeau de Couperin”
Ouça no link

 

Kizomba, festa da raça, samba enredo da Unidos de Vila Isabel, por Édy Dutra
“O samba é um clássico do carnaval brasileiro e canta as lutas e vitórias do povo negro no Brasil.”

 

‘Beautiful Boy’, de John Lennon, por Pedro Gusmão
“Minha música da vida (são muitas, mas a que representa o momento atual) é Beautiful Boy do John Lennon, porque representa muito meu momento atual de paternidade, provavelmente a experiência mais forte e avassaladoras que vivi até agora, que mexeu com todos os aspectos da minha vida e que me faz querer ser uma pessoa melhor cada dia.
A música foi feita pelo John para o seu filho Sean, pequeno naquele então, e é basicamente uma canção de ninar que fala sobre as coisas da vida e de como ser um pai é estar ali para o seu filho. Me toca como pai e como filho também. Ah, e contém a célebre frase: a vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outras coisas”
Ouça no link:

 

‘Canto de Ossanha’, de Baden Powell – Os Afro-Sambas, por Amanda Zulke
“Canto de Ossanha é pra mim uma lembrança de liberdade. Um canto brasileiro que ecoa a força da nossa gente. Gosto de ouvir com os olhos fechados, me dá gana de viver. Me lembra Vinicius de Moraes e Baden Powell, dois dos maiores artistas da música brasileira, e de passagens da minha vida, especialmente da transição da juventude pra vida adulta.”
Ouça no link:

 

‘Behind the Wall’, de Tracy Chapman, por Sarah Lima
“Minha música da vida é Behind The Wall, da Tracy Chapman. Eu gosto muito dela, era a cantora favorita da minha irmã e ouvi muito desde bem pequena. Essa música me lembra ela, que, infelizmente, já não posso ter por perto, mas pelo menos suas músicas favoritas ainda me fazem companhia,”
Ouça no link:

 

‘O Mundo é Um Moinho’, de Cartola, por Isadora Heimig
“Toda vez que eu me perco, me reencontro na música do Cartola “O Mundo é Um Moinho”. Hoje a música também dá nome a um projeto fotográfico meu no qual construo uma narrativa poética da relação das pessoas e dos seus lugares mais queridos.
Ouça no link:

 

‘Seu Boneco’, de Karmã, por Camila Sequeira
“Eu sou daquelas pessoas que precisa de música pra todo e qualquer movimento. É gasolina. Tenho várias músicas que me causam uma transformação aqui dentro toda vez que escuto. Seria injusto eleger só uma preferida (ainda mais pra uma virginiana com lua em libra), mas resolvi escolher uma que me tocou especialmente na primeira vez e que me emociona toda vez que eu escuto. Chama-se “Seu Boneco”, uma música autoral de um quarteto instrumental incrível aqui de Porto Alegre chamado Karmã. Depois de me emocionar nesta primeira escuta, eu descobri que era uma música autoral, escrita pelo contrabaixista Felipe Schütz, e inspirada em seu avô (o próprio Seu Boneco) que trabalhou a vida toda construindo instrumentos musicais, dando vida a eles. E toda emoção passou a fazer muito mais sentido. É uma das músicas da minha vida. E o Lipe resumiu muito bem dia desses dizendo que Seu Boneco é sobre saudade. Poderia fazer mais sentido nos dias de hoje?”
Ouça no link:


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