Geral
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6 de abril de 2024
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09:56

Entidades de defesa do consumidor pedem providências à Aneel pelo serviço da CEEE Equatorial

Por
Bettina Gehm
bettinagehm@sul21.com.br
Constante demora em restabelecer energia elétrica tem revoltado clientes da CEEE Equatorial. Foto: Pedro Piegas/PMPA
Constante demora em restabelecer energia elétrica tem revoltado clientes da CEEE Equatorial. Foto: Pedro Piegas/PMPA

Um relatório da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) apontando descumprimento de contrato por parte da CEEE Equatorial foi enviado, na última sexta-feira (5), para o Ministro de Minas e Energia e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Comissão Especial de Defesa do Consumidor da OAB/RS e outras entidades assinam o ofício onde pedem providências em relação à concessionária de energia elétrica que atende a Capital.

O relatório da Agergs foi publicado na última quarta-feira (3). No documento, a agência aponta diversas falhas graves praticadas pela CEEE Equatorial no apagão que ocorreu após o temporal de 16 de janeiro. Milhares de consumidores gaúchos ficaram mais de 15 dias sem o fornecimento do serviço essencial de energia elétrica.

Nos últimos dois anos, o tempo médio de atendimento da CEEE Equatorial a emergências teve aumento de 88%. Para a Agergs, a piora no atendimento pode estar relacionada à quantidade insuficiente de equipes treinadas ou à ineficiência dos fluxos de informação na concessionária. A Agergs também comparou o desempenho da CEEE Equatorial com outras concessionárias de energia elétrica do Brasil. Entre as empresas da Região Sul, a CEEE Equatorial é a com maior tempo médio para restabelecimento de interrupções no fornecimento de energia: 10,2 horas. A RGE é a segunda empresa que mais demora para completar o serviço e leva em média 6,22 horas.

 

 

A Agergs conclui, no relatório, que a CEEE Equatorial não prestou serviço adequado de distribuição de energia elétrica no atendimento à emergência de janeiro, descumprindo cláusulas do contrato de concessão.

A partir do dia 31 de março, a Agergs deixou de ser responsável pela fiscalização e aplicação de sanções no setor de energia elétrica. Isso porque os três contratos anuais que a Agência mantinha com a Aneel para a fiscalização de 20 distribuidoras de energia elétrica no RS encerraram no final do mês passado. O Sul21 mostrou que somente oito servidores da Agergs cuidavam de toda a regulação do setor de gás e energia elétrica no RS, incluindo o gerente. Agora, com o fim do contrato com a Aneel, nem esses servidores estão atuando na fiscalização dos serviços prestados pelas empresas privadas.


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