Da Redação
Após os fracasso das negociações entre o movimento estudantil e o governo chileno, que se recusa a fazer concessões em prol da educação gratuita, o governo do presidente Sebastián Piñera respondeu com uma violenta repressão policial a uma manifestação estudantil nesta quinta-feira, (6), na capital Santiago.
As autoridades de Santiago não haviam permitido a marcha, decisão que foi ignorada pelos manifestantes, que se reuniram na Praça Itália para retomar a luta pela educação pública gratuita no Chile, onde o Estado subvenciona parte da educação privada.
As novas manifestações aconteceram poucas horas depois de os estudantes terem deixado a mesa de diálogo com o governo para destravar o conflito que se arrasta desde maio.
A forças de elite dos carabineiros, a polícia ostensiva do Chile, dispersou grupos de manifestantes com jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo. Após insistirem, sem sucesso, para que a multidão se dispersasse, os policiais iniciaram a remoção das pessoas à força e tiveram de enfrentar grupos de encapuzados que atiravam pedras e formavam barricadas.
De acordo com a intendente metropolitana Cecilia Pérez, 28 pessoas foram detidas, em sua maioria menores de idade. Entretanto, manifestantes afirmam que aproximadamente 250 jovens foram presos.
Camila Vallejo , líder da entidade que encabeça as mobilizações, a Confederação dos Estudantes de Chile (Confech), denunciou o excesso da violência policial. “É absolutamente irresponsável reprimir sem provocação alguma. O governo deve assumir”, disse.
A jornada desta quinta-feira foi encerrada com um “panelaço” na Praça Itália e em outros pontos de Santiago, até mesmo em edifícios, em uma amostra da simpatia de parte da população ao movimento dos estudantes.
Com informações da Opera Mundi, EFE e Folha de São Paulo