Da Redação
O 4º Congresso do PT, encerrado neste domingo (4) em Brasília, aprovou moção pela retomada da discussão sobre marco regulatório sobre o funcionamento da mídia. O partido vetou alianças eleitorais apenas com DEM, PSDB e PPS, e aprovou cota de 50% para mulheres na direção do partido, entre outros pontos.
Leia mais:
– PT aprova texto que inclui regulamentação da mídia e financiamento público
– Dilma reage a críticas sobre “herança maldita” de Lula, que defende reeleição em 2014
A proposta de um marco regulatório para os meios de comunicação, gestada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, está sendo revisada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou o presidente do PT, Rui Falcão. Em entrevista coletiva, o dirigente petista ressaltou que o partido defende a liberdade de imprensa, de modo a que não haja nenhum tipo de censura a qualquer dos veículos de comunicação, inclusive na internet. O PT vai pressionar os parlamentares em geral para conseguir a aprovação de um projeto com foco na democratização da comunicação, que garanta liberdade de imprensa, direito a opinião e nenhuma censura de conteúdo.
O PT quer restringir a propriedade cruzada dos meios de comunicação, caracterizada por redes de veículos de um mesmo grupo econômico. A intenção é proibir também que parlamentares recebam concessões de rádio, televisão e jornal, de agora em diante.
Alianças em 2012
O PT também ampliou o leque de alianças possíveis para as eleições municipais de 2012. Os únicos partidos com os quais o PT não formará chapa são o PSDB, DEM e PPS, que fazem oposição ao governo federal.
Rui Falcão disse que o partido está aberto a coligações amplas com os partidos da base de apoio ao governo Dilma. Em relação ao PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, Falcão adiantou que existe proposta contra eventual coligação, mas prefere deixar tal discussão para depois, uma vez que “o partido nem existe ainda formalmente”. O PT, no entanto, admitiria se aproximar do PSD.
“Não se confunda isso [a aproximação com o PSD] com o governo Kassab em São Paulo, ao qual nós fazemos oposição. Vamos disputar com ele”, afirmou Falcão.
Cota para mulheres
O PT aprovou também uma cota de 50% para mulheres em cargos de direção partidária. A mudança valerá a partir da próxima eleição interna.
O partido também vai reservar uma cota de 20% para jovens de até 29 anos. A direção do partido já tinha cota por gênero sexual, mas não por idade – as mulheres deveriam ser ao menos 30% dos dirigentes.
Com informações da Agência Brasil, da Folha de São Paulo e da Agência Carta Maior.
