Agenda
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5 de agosto de 2011
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17:00

Sul21 recomenda o guichê de ‘Xaxados e Perdidos’ e mais

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

Como destaques desta semana, não temos apenas o Xaxados e Perdidos, mas também a entrada em cartaz do fundamental documentário Diário de uma busca, além das sessões regulares dos excelentes Melancolia (antes em pré-estreia) e de Vênus Negra, cujos detalhes informamos abaixo. Como sempre, o Sul21 traz, a cada sexta-feira, indicações de filmes, exposições, peças de teatro e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Para acessar esta matéria durante a semana, basta clicar em Agenda em nossa capa.

Cinema – Novidades

Diário de uma busca (*****)
de Flávia Castro, Brasil / França, 2011. 105 minutos.


Diário de uma busca é um estupendo e multipremiado documentário. Celso Afonso Gay de Castro morreu em 1984, aos 41 anos, em Porto Alegre. Exilado pela ditadura militar brasileira, percorreu Argentina, Venezuela, Chile e França em sua fuga, sempre carregando consigo a família. Sua morte ocorreu em circunstâncias nunca esclarecidas. Foi encontrado morto no interior de um apartamento de um ex-oficial nazista, onde entrara à força. Mesmo já dentro do período de anistia política, o laudo concluiu que Celso teria se suicidado a fim de não ser preso pela polícia, que estaria chegando ao local. Mas legistas acham a hipótese altamente improvável. O filme, dirigido pela filha de Celso, Flávia, é uma história privada e pública — privada na busca da identidade e pública de reconstrução de uma época e de uma memória dilacerada pela violência. Nele, a  filha do guerrilheiro colhe imagens e depoimentos da mãe, de policiais, de companheiros de luta de Celso e de seus colegas jornalistas. Não poupa ninguém, nem o retratado, que acabou desiludido com a política, envolvido em problemas com o álcool e as drogas.

No CineBancários, às 15h, 17h e 19h.
No Cine Santander, às 17h.

Melancolia (*****)
de Lars von Trier, Dinamarca / França / Alemanha / Itália / Suécia, 2011. 137 minutos.


Esqueça as polêmicas que cercaram o cineasta no último Festival de Cannes, pois Melancolia é um imenso filme. Pontuado de cenas e imagens deslumbrantes, conta a história de duas irmãs que se afastaram. Elas são Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlotte Gainsbourg). Dividido em duas partes, primeiramente a ação focaliza o casamento entre Justine e Michael (Alexander Skarsgård). A festa do casório não consegue aproximar as irmãs e é evidente que a noiva não está nada feliz. A segunda parte dedica-se mais a Claire, a irmã controladora de Justine, amedrontada a partir do anúncio da colisão da Terra com outro planeta (chamado Melancolia), enquanto Justine permanece conformada. No possível fim do mundo de von Trier não há explosões, heróis e muito menos a Bíblia. O acompanhamento íntimo e pessoal da aproximação da e de Melancolia é apaixonante. Com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, John Hurt e Alexander Skarsgård.

No Guion Center 1, às 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40.
No GNC Moinhos, às 17h30 e 21h30.

Vênus Negra (****)
de Abdellatif Kechiche, França / Itália / Bélgica, 2010. 160 minutos


Vênus Negra conta a história de Saartjie Baartman, uma mulher africana que, durante o século XIX, vai para a Europa na esperança de se tornar artista, como lhe havia sido prometido. Lá, a “negra” acaba sendo exibida como uma aberração em forma de mulher durante shows de horror para a alta sociedade londrina. Ela costumava ser apresentada numa jaula com correntes no pescoço, como um animal selvagem. Quando a jaula era aberta, a “Vênus Hotentote”, como era chamada por fazer parte desse grupo étnico, saía dançando, além de poder ser tocada e medida pelos mais curiosos. Os hotentotes tem como característica predominante o acúmulo de gordura nas nádegas e o chamado “avental hotentote” (termo médico para designar a hipertrofia dos pequenos lábios). Livre e escravizada ao mesmo tempo, Saartjie é uma poderosa representação de onde pode chegar a soma de curiosidade e morbidez. A cruel superexposição da mulher hotentote não pode ser mais atual.

No Instituto NT, às 18h50 e 21h40.

Cinema – Em cartaz

Singularidades de uma Rapariga Loura (****)
de Manoel de Oliveira , Portugal / Espanha / França, 2009


Excelente adaptação do conto de Eça de Queiroz. Macário (Ricardo Trêpa) é contador no armazém do tio Francisco (Diogo Dória), em Lisboa. É o seu primeiro emprego. Do outro lado da rua mora Luísa Vilaça (Catarina Wallenstein), a “rapariga loura” por quem ele logo se apaixona. Acabou de conhecê-la, mas não pode esperar para casar com ela. O tio não aceita e o despede. Ele parte, mas não desistirá da amada – o que pode um mero tio contra o mais genuíno amor? Vai para Cabo Verde, onde consegue enriquecer. Quando volta, tem já a aprovação do tio Francisco para o casamento. Que mais poderia desejar além de Luísa Vilaça? É só então que descobre a “singularidade” da noiva. Com Ricardo Trêpa, Catarina Wallenstein, Diogo Dória, Júlia Buisel e Leonor Silveira. 64 minutos.

No Unibanco Arteplex 8, às 13h 14h30, 16h, e 20h.

Lola (****)
de Brillante Mendoza, Filipinas / França, 2009

O elogiado filipino Brillante Mendoza, apesar de desconhecido das grandes plateias, já ganhou até mostra exclusiva no Brasil. Por este Lola, o diretor ganhou o prêmio de melhor diretor do Festival de Cannes de 2009. Mantendo um olhar naturalista sobre seu país, Lola narra a vida de duas idosas que tomam a frente do sustento financeiro de suas respectivas famílias, servindo também como uma espécie de reseva moral delas. Lolas é como são chamadas as vovós nas Filipinas. Ambas lidam com as consequências de um crime. Enquanto uma lola acende uma vela em memória do neto, vítima de latrocínio, a outra busca a libertação de seu neto, suspeito de ter cometido o crime. Na cidade de Manila, suja e chuvosa, a burocracia e os assaltos dificultam as missões das lolas. A sequência final, com as duas matriarcas cara a cara, é comovente. A fotografia e o áudio são fundamentais neste filme em que a chuva está tão presente quanto os diálogos. Com Anita Linda e Rustica Carpio. 110 minutos.

No Instituto NT, às 11h10 e 16h50.

Filhos de João — O Admirável Mundo Novo Baiano (****)
de Henrique Dantas, Brasil, 2009


Dizer que este documentário mostra a história e a evolução dos Novos Baianos, assim como a enorme influência de João Gilberto sobre o grupo, principalmente em seu aprimoramento musical, é reduzi-lo bastante. Com muitas imagens e vídeos dos anos 60 e 70, Filhos de João acompanha não somente a trajetória dos Novos Baianos mas traça um interessante panorama de época. O documentário traz a tona o estilo de vida comunitário adotado, e sua influência sobre os resultados no trabalho do grupo. Paralelamente a isso, mostra a realidade da época, retratada através de vídeos da Ditadura Militar. Foi um dos períodos mais férteis da produção musical brasileira, o que se contrapõe simpaticamente à absoluta despretensão da troupe baiana. Com Tom Zé, Orlando Senna, Rogério Duarte e Mário Luiz Tompson de Carvalho. 76 minutos.

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h10.

Cinco Dias sem Nora (***)
(Cinco Días Sin Nora), de Mariana Chenillo, México, 2008


Separados há 20 anos, o casal Nora e José continuam morando próximos um do outro. Tendo recebido uma encomenda para a ex-mulher em sua casa, José até a casa da real destinatária e descobre que ela finalmente conseguiu se matar, após 14 tentativas. Por questões religiosas – trata-se de uma família judaica – ela não poderá ser enterrada imediatamente. Então, José é obrigado a passar Cinco Dias Sem Nora, título do filme mexicano de Mariana Chenillo. Aos poucos, José percebe que a ex-mulher deixou tudo minuciosamente preparado: a casa, papéis, fotos e cartas várias com conselhos e ordens para o filho, a empregada e o ex-marido, incluindo até instruções para a preparação do jantar de Pessach. Deixou, claro, os ingredientes etiquetados na geladeira e um caderno de receitas sobre a mesa. Com Fernando Lujan, Enrique Arreola, Ari Brickman, Juan Carlos Colombo, Angelina Peláez, Max Kerlow, Marina de Tavira e Veronica Langer. 92 minutos.

No Guion Center 3, às 14h30.

Gainsbourg — O Homem que Amava as Mulheres (***)
(Gainsbourg, vie héroïque), de Joann Sfar, França, 2010

Serge Gaisnbourg

A música popular francesa é dose, mas o que interessa aqui é que este é um belo filme que retrata a vida de Serge Gainsbourg (1928-1991) desde a infância durante a ocupação nazista até a consagração como cantor. Sendo muito mais uma fábula do que uma cinebiografia, o filme — cujo título brasileiro devemos ignorar — traz, de quebra, todas as notáveis, esplêndidas e imbatíveis conquistas amorosas do músico narigudo, baixinho, feio e fascinante: apenas mulheres como Brigitte Bardot e Jane Birkin, mãe, aliás, da atriz Charlotte Gainsbourg. O diretor Joann Sfar fez o longa baseado numa história em quadrinhos de sua autoria. O delírio visual e a pouca fidelidade aos fatos não fazem jus à complexidade humana de Gainsbourg, um compositor, cantor, produtor e arranjador mas também um tremendo polemista, criador de confusões e, principamente,… de casos amorosos. Sfar dribla a responsabilidade de retratar a bissexualidade assumida do fascinante Gainsbourg e toca apenas de leve na questão das drogas, mas mesmo assim o resultado final está muito acima da média. Com Eric Elmosnino, Lucy Gordon, Laetitia Casta, Doug Jones, Sara Forestier,Anna Mouglalis, Yolande Moreau e Claude Chabrol.

No Guion Center 2, às 20h45.

A Última Estação (****)
(The Last Station), de Michael Hoffman, Alemanha / Rússia / Inglaterra, 2009

A Última Estação é uma narrativa centrada nos dias finais da vida do escritor Leon Tolstói, mostrando o dilema ético vivenciados por ele a respeito dos direitos autorais de sua obra literária. Em uma época que não se falava em propriedade intelectual e tampouco se imaginava que pudesse existir o Creative Commons, o fato de ceder os direitos autorais era considerado extremamente subversivo e inovador — um debate extremamente atual colocado num contexto antigo, portanto. Estimulado por seu companheiro de ideologia política, o qual argumentava sobre a importância da ampla difusão de sua obra, Tolstói se vê num campo de batalha contra sua esposa e companheira de uma vida inteira, a condessa Sofia, que não aceita uma ideia que poderia ter impactos drásticos na economia familiar. O filme dialoga com duas posições antagônicas, mostrando as contradições e imperfeições de cada uma delas. Com James McAvoy, Helen Mirren, Christopher Plummer e Paul Giamatti. (Vivian Virissimo)

No Guion Center 1, às 16h10, 18h15 e 20h20.

Meia-Noite em Paris (***)
(Midnight in Paris), de Woody Allen, EUA / Espanha, 2011

Meia-Noite em Paris foi ovacionado em Cannes. O filme, visto com grande curiosidade por ter em seu elenco a atual primeira-dama da França, a ex-modelo Carla Bruni, é uma homenagem a Paris que tocou os franceses do festival. A qualidade da luz da cidade, que já recebera referências elogiosas de Allen em filmes anteriores, como Todos dizem eu te amo, volta a ser tema de entrevistas do diretor. No filme, Owen Wilson interpreta Gil, roteirista de Hollywood que passa férias em Paris com a família da noiva, Inez (Rachel McAdams). Gil ama a cidade. É lá que ele se reconecta com a “grande arte” os “grandes temas”, longe dos enlatados americanos. Seu maior sonho seria o de viver nos anos 1920, quando F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso circulavam pelos cafés da cidade. Certa noite, Gil misteriosamente realiza esse sonho. E mais não devemos contar. Um Allen médio, mas muito charmoso e simpático. Com Owen Wilson, Rachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy. Duração: 100 minutos.
http://youtu.be/kdgdX2Sra5Y
No Cinemark Ipiranga 4, às 22h e 0h20.
No GNC Moinhos 4, às 13h40, 19h50 e 21h50.
Na Sala Paulo Amorim, às 15h e 19h.

O Homem ao Lado (****)
(El Hombre de al Lado), de Mariano Cohn e Gastón Duprat, Argentina, 2009

Leonardo (Rafael Spreguelburd) é um designer industrial que vive com a esposa Anne, a filha Lola e a empregada Elba. Eles moram na única casa feita na América pelo famoso arquiteto Le Corbusier, localizada na cidade de La Plata. Eles levam uma vida chique e tranquila até o início das obras em uma casa contígua, onde um vizinho com alma de vileiro (Daniel Aráoz) resolveu fazer ilegalmente uma janela a poucos metros e bem na frente de outra, da casa-obra de arte do designer. O filme é delicioso, barato e de grande roteiro, com notável atuação de Daniel Aráoz. Com Rafael Spreguelburd, Daniel Aráoz, Ruben Guzman, Eugenia Alonso. Duração: 110 minutos.
http://youtu.be/qEY9ZxeMxN8
No Instituto NT, às 13h10.

Cópia Fiel (*****)
(Copie Conforme), de Abbas Kiarostami, Itália/França/Irã, 2010

Há quatro possibilidades de interpretação para o título deste excelente filme realizado pelo iraniano Abbas Kiarostami na Itália. Em italiano Copie significa Cópia, mas Coppie é Casal, enquanto Conforme pode ser Fiel ou Conformado. Pelo título começa o brilhante quebra-cabeça do filme. Durante uma visita à Toscana com a finalidade de lançar seu novo livro sobre história da arte e a importância das cópias nas artes plásticas, o ensaísta inglês James (William Shimmel) é acompanhado por Elle (Juliette Binoche), uma franco-italiana proprietária de galeria de arte, durante um passeio que tem a duração de uma tarde. Logo iniciam uma discussão — entre o irônico e o azedo — sobre os conceitos do livro. Tudo começa a mudar depois de antológica cena com a dona de um café. Ela, cheia de experiência, admira e elogia a dupla com alguma sabedoria de vida. Então, os dois passam a se comportar como um experiente, velho e cansado casal, transformação que já vinha ocorrendo discretamente. Aquilo que vimos antes era uma cópia? Ou aqui a temos? E o que tem isto a ver com o filtro interior através do qual analisamos um quadro? E a má relação entre Elle e seu filho não é outra cópia fiel desta que nos é apresentada? Quantas cópias, quantas vezes repetimos padrões de relacionamento? Com Juliette Binoche, William Shimell, Jean-Claude Carrière e Agathe Nathanson. Duração: 106 minutos.
http://youtu.be/eqjYRDXPNPE
No Guion Center 2, às 14h50 e 18h50.

Música popular

Simone Rasslan – Xaxados e Perdidos
Sexta, 5 de agosto de 2011 – 21h – Teatro Novo DC
Shopping DC Navegantes (Rua Frederico Mentz, 1561 Prédio D). Entrada FRANCA


A dica musical dessa semana é o show Xaxados e Perdidos, de Simone Rasslan, com Alvaro RosaCosta e Beto Chedid, na abertura das comemorações dos 10 anos do Teatro Novo DC. Simone veio de Dourados (MS), em 1988, para estudar regência na UFRGS. Desde então vem trabalhando como instrumentista, cantora, compositora, atriz, regente e educadora musical (na formação de atores, crianças e adultos). É uma das criadoras do espetáculo Radio Esmeralda (juntamente com Adriana Marques e Hique Gomez) que percorreu todo o Brasil e ficou em cartaz por dez anos. Em Xaxados e Perdidos, Simone canta, toca piano e percussão, apresentando sua bela versão da brasilidade passeando por cantigas folclóricas, mais Pixinguinha, Almir Sater, Egberto Gismonti, Tião Carrero, Dorival Caymmi, Villa-Lobos, Dominguinhos, Gilberto Gil, Tavinho Moura, Zé Miguel Wisnik e Pedro Luis. Alvaro RosaCosta e Beto Chedid completam o show tocando diversos instrumentos de cordas e percussão, além de cantarem com Simone. E como se não bastasse tudo isso, a entrada custa a doação de um livro usado para a biblioteca que estará sendo inaugurada nesse mesmo dia ou um quilo de alimento não perecível. (Marcelo Delacroix)

Divulgação do show Xaxados e Perdidos, que foi apresentado em março passado no SESC:

E Simone Rasslan interpretando com o grupo De onde vem o baião, de Gilberto Gil:

Parangolé Bar e Restaurante – Comida, bebida e música de primeira!
Rua General Lima e Silva, 240
Cidade Baixa, Porto Alegre / RS

Uma excelente pedida musical da noite de Porto Alegre é o Parangolé Bar e Restaurante, do queridíssimo “seu” Cláudio. Com gastronomia diferenciada e rodas de música informais, pautadas sempre pela qualidade, o bar tem atendimento atencioso e uma seleção de cervejas artesanais e tradicionais. O lugar é pequeno e aconchegante, não tem palco, e a música acontece ali mesmo, entre as mesas. A cada noite da semana um estilo musical diferente: segunda-feira é o dia do SAMBA E MPB. Nas terças, há a já tradicional RODA DE CHORO com o bandolinista Rafael Ferrari e Samuca do Acordeom, além de pandeiro, cavaco, e quem mais aparecer e tiver cacife para entrar na roda. Não é incomum Yamandu Costa aparecer pra dar uma canja. Nas quartas, TANGOS, BOLEROS E CHAMAMÉS com o bandoneonista Rafael Koller, ao lado da cantora Maria Luiza Benitez e do violinista Silfarnei Alves. Nas quintas é a noite da SERESTA, com o Prof. Darcy Alves comandando a festa com clássicos da velha guarda da música popular brasileira. E nas sextas, JAZZ e MUSICA INSTRUMENTAL. Seja qual for o dia, é satisfação garantida! Ah, ao meio dia, almoço vegetariano delicioso! (Marcelo Delacroix)

Música erudita

OSPA – 14° Concerto Oficial
Dia 9, às 20h30min, na Igreja da Reconciliação (Senhor dos Passos, 202 – Porto Alegre)
Entrada Franca

Obras:
Bernstein: Abertura Candide
Katchaturian: Concerto para violino e orquestra
Suíte Masquerade
Villa-Lobos: Bachiana n° 2

Solista: Carmelo de los Santos – violino
Regente: Linus Lerner

Exposições

A linha incontornável: desenhos de Iberê Camargo
no 4º andar Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000),
de terças a domingos das 12h às 19h e nas quintas das 12h às 21h.
Entrada franca. Até 30 de outubro.

Está em cartaz na Fundação Iberê Camargo a exposição A linha incontornável: desenhos de Iberê Camargo. Com curadoria do jornalista e crítico de arte Eduardo Veras, trata-se da sexta exposição de acervo que a fundação apresenta, reunindo 110 obras que percorrem mais de meio século da produção do artista. Dentre essas, 99 são desenhos, mas há também pinturas, cadernos e uma gravura. A opção por focar nos desenhos do artista veio da constatação do curador de que o Iberê desenhista era pouco conhecido, recebendo pouca atenção em pesquisas recentes dedicadas à sua obra. Analisando mais de três mil desenhos do artista, Eduardo Veras encontrou ali um “Iberê em convulsão, intenso, apaixonado, como aquele que nos acostumamos a admirar na pintura”. (Carolina Marostica)


Exposição dos premiados do V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas
Sala Aldo Locatelli do Paço Municipal (Praça Montevideo, 10),
até o dia 12 de agosto, com visitação gratuita de segunda a sexta-feira,
das 9h às 12h e das 14h às 18h.

Está em cartaz na Sala Aldo Locatelli a exposição dos premiados do V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, entregue em maio deste ano. Dentre os artistas com trabalhos expostos, há desde consagrados, como Regina Silveira e Danúbio Gonçalves, homenageados nessa edição do prêmio; até jovens como Bruno Borne (vencedor na categoria Mídias Tecnológicas) e Rafael Pagatini (premiado nas categorias Artista Revelação, Incentivo à Produção Plástica e Gravura). Outro artista que se destacou no V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas foi Martin Streibel, com premiações nas categorias Melhor Exposição Individual, Fotografia e Artista Destaque Especial do Ano. (Carolina Marostica)


Instantâneo/Simultâneo
no Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028),
até dia 7 de agosto, com visitação gratuita, de terças a domingos.

Na exposição Instantâneo/Simultâneo, você pode estar, simultaneamente, dentro de uma sala de cinema e de um supermercado (no qual você pode de fato fazer compras), ao vivenciar a obra SuperCinema, de Rommulo Vieira Conceição. A proposta da mostra é trazer trabalhos que abordam a questão da rápida passagem do tempo e como isso interfere na nossa compreensão da realidade. Podem ser vistos tanto artistas internacionais quanto nacionais, explorando linguagens que vão da pintura à videoarte, ampliando nossa percepção acerca da arte. São eles: Ana Holck, Caio Reisewitz, Giselle Beiguelman, Perry Bard, Rommulo Vieira Conceição, Toby Christian, Bogdan Perzynki, Frantz, Lea van Steen/ Raquel Kogan, Rejane Cantoni / Leonardo Crescenti, Saint Clair Cemin e Wagner Morales. A mostra faz parte do projeto Agora/Ágora. (Carolina Marostica)

Túnel, Leonardo Crescenti e Rejane Cantoni | Foto de Cecília Bedê/Canal Contemporâneo

Labirintos da Iconografia
De terça à domingo, das 10h às 19h até 15 de agosto
no MARGS, Praça da Alfândega, s/n)

A mostra Labirintos da Iconografia, em cartaz nas pinacotecas do MARGS, volta-se para o mito grego do labirinto da Ilha de Creta na elaboração de um modelo labiríntico de organização curatorial. Trata-se de possibilitar que o espectador faça uma visita não cronológica pela exposição, podendo estabelecer suas próprias relações entre obras de diferentes períodos históricos. Estão presentes na exposição trabalhos de 83 artistas, brasileiros e estrangeiros, datados entre o final do século XIX e a contemporaneidade. Sob curadoria de José Francisco Alves, essa é a segunda exposição de grande envergadura realizada pelo museu esse ano. O foco da mostra não são as individualidades, valorizando-se o convívio de uma grande diversidade artística no espaço expositivo. A grande maioria das obras expostas pertence ao acervo do MARGS. Podem ser vistas obras canônicas e obras que nunca haviam sido mostradas pelo museu agregando-se no convívio expositivo. Esse ousado modelo curatorial proporciona ao visitante um novo olhar sobre o acervo da instituição, dando frescor a obras já conhecidas do público e trazendo-as para um diálogo contemporâneo ao lado de trabalhos de jovens artistas. A mostra permanece em cartaz até o dia 15 de agosto, com visitação de terças a domingos, das 10 às 19h e entrada franca. (Carolina Marostica)

Teatro

Breves entrevistas com homens hediondos
De hoje a domingo, às 20h, no Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835).
R$ 20,00 com 50% de desconto para artistas, estudantes e idosos


A peça vencedora do Prêmio de Incentivo à Pesquisa teatral no Teatro de Arena e Secretaria de Estado da Cultura para 2011, Breves entrevistas com homens hediondos, estreia nesta quinta-feira, 28 de julho, no Teatro de Arena. A montagem é uma adaptação do livro de contos homônimo do norte-americano David Foster Wallace, vencedor do Prêmio MacArthut Fellowship e dá voz a diversos homens que respondem às perguntas de uma mulher ausente. Todos revelam seus segredos: são entrevistas hediondamente pessoais. “Mas por trás dos argumentos imorais, chantagens emocionais, fantasias sexuais e crises de relacionamento, há sempre um ponto fraco, um desejo de amor ou redenção”. Com o grupo Teatro Sarcaustico. Direção geral: Daniel Colin.
http://youtu.be/taOHCLhd0-Y

Homens de Perto 2
De hoje e amanhã, às 21h, e domingo, às 18h.
No Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº)
R$ 20,00 (galerias), R$ 40,00 (camarores laterais), R$ 50,00 (camarote central) e R$ 60,00 (plateia).


Quando a comédia é engraçada, vale a pena. Zé Victor Castiel, Rogério Beretta e Oscar Simch são três amigos na vida civil que se reúnem para exercitar a arte de fazer a gente gargalhar. Desta vez, na segunda edição do grande sucesso Homens de Perto incursionam pelos obscuros subterrâneos do ocultismo, da magia e da telepatia, dão uma passada numa estética feminina, propõem um absolutamente delirante separatismo entre Rio Grande do Sul e o Brasil, cantam e dançam. Direção geral: Néstor Monastério.


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