Da Redação (*)
Renato Almeida Freitas Jr., candidato do PT a deputado estadual, foi baleado pela Guarda Municipal de Curitiba por volta das 20h30 de domingo (9), durante panfletagem na Praça do Gaúcho. Advogado criminal e mestre pela Universidade Federal do Paraná, já foi candidato a vereador pelo PSOL.
Renato fez uma transmissão ao vivo, quando já estava na camburão, contando que estava fazendo panfletagem, quando foi atingido à queima roupa por dois tiros de balas de borracha. Ele foi alvejado nas mãos e nas costas, ambas sangrando. “Eu não estava fazendo nada, só estava panfletando”.
No Hospital Cajuru, familiares, amigos, advogados e comitê de eleição tiveram que esperar duas horas para receber notícias e ver o candidato por barragem da GM. Em seguida, mãe, irmã e advogada estiveram com o jovem bastante machucado, mas fora de risco de vida.
“Renato também foi preso em 2016 em uma ação extremamente violenta e isso gerou uma sindicância pela Prefeitura contra a Guarda Municipal. Na última quinta-feira (06), Renato foi depor contra a GM nessa sindicância. Ele estava até relutante em ir com medo de uma retaliação como essa, mas porque o processo seria arquivado e isso seria uma grande injustiça, ele foi. Em seguida foi viajar pelo interior do estado para fazer campanha e ao retornar isso aconteceu”, relatou a advogada Maria Fernanda.
Ao sair do hospital, ainda na madrugada de segunda, Renato foi encaminhado para central de Flagrantes da capital onde foi acusado de desacato, resistência e injúria e, em seguida, liberado.
O presidente estadual do PT no Paraná, Dr. Rosinha, divulgou nota oficial denunciando a agressão e solicitando apuração imediata do caso. Segue a íntegra da nota:
Nota sobre violência da Guarda Municipal contra candidato do PT
Nesta noite de domingo (9) o candidato a deputado estadual pelo PT Paraná Renato Almeida Freitas fazia panfletagem no centro de Curitiba e foi agredido pela Guarda Municipal, que o atacou com balas de borracha e o levou preso.
Nenhum motivo para a prisão e nem para a violência policial. Da mesma forma, no dia 7, durante o desfile cívico, Edna Dantas, candidata a deputada estadual pelo PT PR, realizava manifestação em prol da libertação do presidente Lula junto a outros militantes do partido e foram agredidos e detidos pela Polícia.
Nos dois casos, a única explicação para a perseguição é que ambos são negros, do PT e dos movimentos sociais. O que estamos vendo é uma assustadora onda crescente de violência e perseguição a quem se manifesta e luta a favor dos oprimidos.
Não houve nenhuma preocupação com os ônibus da Caravana do Presidente Lula que foram alvejados, estamos há seis meses sem saber quem matou Marielle e ainda o Judiciário determina que não podemos nos manifestar em apoio Lula.
Estive hoje acompanhando, logo que soube, o desenrolar da prisão arbitrária do Renato. Solicito desde já apuração sobre desvio de função policial em ambos os casos. Estou ao lado da Democracia e portanto lutando contra o estado de exceção que vivemos. Basta de perseguição! Basta de violência!
Dr. Rosinha
Presidente do PT no Paraná
(*) Com informações da Rede Brasil Atual, Vi o Mundo e Brasil de Fato