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9 de novembro de 2017
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18:45

CPI no Senado aprova condução coercitiva de curador da exposição ‘Queermuseu’

Por
Sul 21
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CPI no Senado aprova condução coercitiva de curador da exposição ‘Queermuseu’
CPI no Senado aprova condução coercitiva de curador da exposição ‘Queermuseu’
Gaudêncio Fidélis, curador da exposição Quuermuseu. Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação*

A CPI dos Maus-tratos do Senado aprovou, na quarta-feira (08), requerimentos para a condução coercitiva do curador da exposição Queermuseu, Gaudêncio Fidélis, e também do artista que fez performance nu no Museu de Arte Moderna de São Paulo, Wagner Schwartz. Segundo o autor dos pedidos, o presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), a condução coercitiva foi decidida porque ambos foram convocados para prestar depoimentos ao colegiado e não compareceram. A CPI ainda decidiu criar um grupo de trabalho com integrantes do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Safernet.

A exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira foi encerrada pelo Santander Cultural de Porto Alegre no dia 10 de setembro, depois da pressão de grupos conservadores nas redes sociais. Os ataques afirmavam, principalmente, que algumas obras expostas faziam apologia a zoofilia e pedofilia, e defendiam que a mostra tinha conteúdo pornográfico e ofensivo aos “valores cristãos”. A decisão do Santander gerou repercussão negativa, especialmente entre a classe artística, revoltada com a censura à arte e à diversidade.

Também no final de setembro, a performance La Bête, do artista carioca Wagner Schwartz, foi alvo de outro ataque conservador. Na apresentação, uma leitura interpretativa da obra Bicho, da artista da Tropicália brasileira Lygia Clark (1920-1988), um homem nu interagia com os espectadores. Ele virou alvo nas redes sociais depois que foram divulgadas imagens de uma criança, acompanhada da mãe, tocando mãos e pés do artista durante a performance.

*Com informações da Agência Senado


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