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30 de maio de 2020
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14:05

Assassinato de homem negro alimenta protestos que atravessam os EUA

Por
Sul 21
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Assassinato de homem negro alimenta protestos que atravessam os EUA
Assassinato de homem negro alimenta protestos que atravessam os EUA
Protestos tomaram as ruas dos EUA. Foto: Wikimedia Commons

Da Redação

A noite de sexta-feira (29) nos Estados Unidos foi, mais uma vez, marcada pelos protestos contra o assassinato de George Floyd, homem negro morto pela polícia por sufocamento. Em Detroit, Michigan, um rapaz de 19 anos foi morto por uma pessoa que atirou de dentro de um carro contra os manifestantes. Em Oakland, perto de São Francisco, um agente federal foi baleado. De acordo com a imprensa norte-americana, centenas de pessoas foram detidas em diversas cidades.

No fim da tarde, a Casa Branca teve todos os acessos fechados, enquanto uma multidão se aproximava em protesto contra a morte de Floyd. Grandes mobilizações tomaram as ruas de cidades como Nova York, Chicago, Washington, Los Angeles, Atlanta e Menphis. Cenas de confronto entre policiais e manifestantes se espalharam pelas redes sociais ao longo da madrugada.

No Twitter, o presidente Donald Trump ameaçou os manifestantes: O republicano disse que se tivessem avançado contra Casa Branca teriam sido recebidos pelos “cães mais cruéis” e as “armas mais ameaçadoras” que já viram. Também elogiou o trabalho dos agentes secretos que agiram contra os manifestantes. Desde o início dos protesto, Trump já chamou aqueles que se revoltam de bandidos e os ameaçou em diferentes ocasiões. Além disso, fez um outro tuite polêmico, em que afirma: “Quando os saques começam, o tiroteio começa”, sugerindo atirar nos manifestantes. O Twitter decidiu incluir um aviso na postagem, informando que ele violava regras da plataforma sobre glorificação da violência.

Entenda o caso

George Floyd, 46 anos, foi assassinado em uma operação policial em Minneapolis, no Minnesota, na última segunda-feira (25). Ele havia sido detido sob acusação de tentar usar uma nota falsa de US$ 20 em uma loja.

Jogado no chão e com o pescoço pressionado pelo joelho do policial Derek Chauvin, Floyd não resistiu. Vídeo registrado por testemunha mostra que ele tentou dizer aos policiais em vários momentos que não conseguia respirar, mas foi completamente ignorado até ficar desacordado e ser levado a um hospital, onde não resistiu. As imagens viralizaram nas redes sociais e provocaram uma onda de manifestações contra racismo e violência policial.

Delegacias, lojas e carros vêm sendo incendiados por dias seguidos em Minneapolis, numa demonstração de revolta popular de milhares de cidadãos. Na quinta, as mobilizações tomaram outras grandes cidades dos EUA e, na sexta, se espalharam ainda mais. A pressão é, também, para que o policial responda pelo crime. Na sexta-feira, ele foi detido sob acusação de homicídio culposo (sem a intenção de matar). Os outros policiais que participaram da operação ainda estão sendo investigados.


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