Irã quer o Brasil mediando negociações

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Sul 21
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Nubia Silveira

O governo do Irã quer o Brasil como mediador do impasse com a comunidade internacional quanto ao seu programa nuclear. A informação é do embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, à Agência Brasil. Para ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o papel que os países em desenvolvimento desempenham no cenário internacional.

Durante as negociações com o Grupo de Viena – formado pelos Estados Unidos, a França, a Rússia e a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) –,  que começa daqui a duas semanas, o Irã vai insistir  que a base das negociações seja a troca de urânio. O embaixador, no entanto, não falou sobre as suspeitas de que o seu país esteja produzindo a bomba atômica. “A base das negociações é a Declaração de Teerã [nome oficial do acordo que determina a troca de urânio pouco enriquecido pelo material enriquecido a 20%]. A Declaração de Teerã deverá ser lembrada na história mundial”, afirmou Shaterzadeh.

Aos repórteres José Bortot e Renata Giraldi, da Agência Brasil, o emabaixador iraniano afirmou que a declaração firmada em 17 de maio, em Teerã, é a solução para acabar com a polêmica sobre o programa nuclear do seu país. Em maio, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, assinou o acordo que trata da troca de urânio. Po este acordo, o Irã se compromete com a não proliferação de armas e a enviar para a Turquia 1,2 tonelada de urânio enriquecido a 3,5%. No prazo de um ano, receberá de volta 120 quilos de urânio enriquecido a 20%. O Brasil e a Turquia afirmam, no acordo, que confiam nas negociações entre o Irã e os países integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas –  Estados Unidos, Rússia, China, França, Inglaterra e Alemanha.

Com informações da Agência Brasil


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