Da Redação
Em meio ao aumento das críticas da recente aprovação de Israel à construção na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, o primeiro ministro Benjamin Netanyahu disse em uma entrevista à televisão israelense nesta sexta-feira (21) que ele “não se importa com o que dizem as Nações Unidas”.
No dia em que a Palestina foi elevada a estado não-membro pela ONU, Israel anunciou que iria retomar seus planos, há muito congelados, de criar o corredor E-1, que ligará a cidade de Jerusalém à colônia de Ma’aleh Adumim. O governo israelense também anunciou um projeto de construção de 3 mil novas unidades residenciais além da linha verde.
As críticas a esses movimentos atingiram seu ápice na semana passada, quando, na quarta-feira (19), 14 membros do Conselho de Segurança da ONU acusaram Israel de tomar “uma ação provocativa” que contraria declarações de líderes israelenses de que eles estão comprometidos com a paz.
Em entrevista concedida ao Canal 2 nesta sexta-feira, Netanyahu disse que as construções na Cisjordânia e na região leste de Jerusalém é uma questão de princípios. “Vivemos em um estado judeu e Jerusalém é a capital de Israel. O muro da Cisjordânia não é um território ocupado. Construiremos em Jerusalém porque temos o direito. Não me importa o que dia a ONU”.
O primeiro ministro disse em seus pronunciamentos recentes que sua atitude não é uma estratégia política com vistas às eleições de janeiro e que as expansões não foram sugeridas pelo estrategista político do Likud, Arthur Finkelstein.
Netanyahu também respondeu aos comentários feitos na última quinta-feira (20), pelo líder do partido direitista Habayit Hayehudi, Naftali Bennett, de que ele se negaria ordens das Forças de Defesa Israelenses se determinassem a evacuação do assentamento. Bennet havia dito que, se “recebesse ordens de despejar um judeu de sua casa e expulsá-lo, pessoalmente, minha consciência não permitiria. Eu pediria a meu comandante que me liberasse de tal função. Mas não desobedeceria às ordens publicamente”.
Netanyahu disse a seus entrevistadores que “quem quer que insista na sua recusa a acatar ordens das forças de defesa não será ministro em meu governo.”
Com informações do Haaretz