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4 de julho de 2011
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12:52

África do Sul e Rússia tentam intermediar fim do conflito na Líbia

Por
Sul 21
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Agência Brasil

Os presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, e da Rússia, Dmitri Medvedev, reúnem-se nesta segunda-feira (4), na cidade russa de Sochi, para discutir o agravamento da situação na Líbia. A reunião ocorre paralelamente aos debates do conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os russos e sul-africanos querem assumir o papel de mediadores do conflito na Líbia.

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Para Medvedev, a Otan viola a Resolução 1.973, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a Líbia. Pelo decreto, a ordem é adotar a área de exclusão aérea para proteger os civis dos ataques promovidos pelo governo líbio. Mas o secretário-geral de organização, Anders Fogh Rasmussen, refutou as acusações.

Em junho, Medvedev enviou um emissário à Líbia para discutir com as duas partes. O presidente da Federação Mundial de Xadrez da Rússia, Kirsan Iliumjinov, está na capital líbia, Trípoli. Segundo Iliumjinov, um dos filhos do presidente da Líbia, Muammar Khadafi, os países ocidentais querem acabar com o líder líbio.

A situação na Líbia se agravou no fim de março, quando a Otan passou a atacar alguns alvos no país. Paralelamente, a oposição a Khadafi se mantém em confronto com o líder líbio e os embates são diários no país. Grupos de líbios deixam o país em direção à Europa todos os dias.

Filho de Khadafi diz ser impossível uma solução que exclua o presidente líbio

O porta-voz do governo da Líbia e filho do presidente líbio, Muammar Khadafi, Seif Al Islam Khadafi, também declarou nesta segunda (4) ser impossível buscar uma solução para o fim da crise no país que exclua seu pai. Segundo ele, o conflito é liderado por traidores, milícias e terroristas. Os embates na Líbia começaram em fevereiro por meio de movimentos internos pressionando Khadafi a deixar o poder, depois de 42 anos.

“O meu pai não faz parte das negociações. É um conflito líbio com líbios e traidores, milícias, terroristas. Pensam que poderemos encontrar uma solução que não o envolva? Não, é impossível”, disse.

Em seguida, Seif Al Islam acrescentou “a operação da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] é particularmente estúpida e mal preparada”. “Temos o nosso Exército. Temos mais munições e armas. O moral está o mais alto possível.”

Apontado como sucessor de Khadafi, Seif Al Islam, de 39 anos, é alvo de um mandado de captura por crimes contra a humanidade lançado pelo Tribunal Penal Internacional. Porém, as autoridades líbias informaram não reconhecer o Corte Internacional.


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