Com a retirada da última brigada de combate americana do Iraque, na quarta-feira, os Estados Unidos se preparam para enfrentar uma nova fase da guerra, antes da retirada total das tropas, prevista para o final de 2011. Segundo reportagem do New York Times, o presidente Barack Obama planeja um grande esforço civil, que precisará do apoio de empresas privadas.
Com a partida de cerca de quatro mil militares, os EUA ainda mantêm 55 mil deles no Iraque, realizando tarefas não mais associadas a combates. O número deve cair para 50 mil até o fim deste mês e, segundo o NY Times, em outubro de 2011, o Departamento de Estado assumirá a responsabilidade pelo treinamento de policiais iraquianos, tarefa que será realizada em grande parte por empresas contratadas.
Para proteger os diplomatas em território iraquiano, a reportagem afirma que o Departamento de Estado americano está planejando mais do que dobrar o número de seguranças privados, que passariam de 7 mil. Defendendo mais de cinco bases ao redor do país, os contratados vão operar radares para alertar sobre ataques aéreos, procurar bombas em estradas, realizar voos de reconhecimento e até participar de forças de reação rápida para ajudar civis em perigo, diz o texto.
Retirada total até 2012 é questionada
Apesar de a Casa Branca garantir que a transferência para os civis – cerca de 2.400 pessoas que trabalharão na embaixada em Bagdá e em outros postos diplomáticos – será realizada no prazo e ajudará a garantir estabilidade do Iraque, a pequena presença de militares levou alguns veteranos da guerra a sugerirem que tropas adicionais serão necessárias depois de 2011. O governo iraquiano insiste que o prazo para a retirada acertado com o ex-presidente George W. Bush (até 2012) seja cumprido, mas o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, sugeriu que os planos podem mudar.
– Se um novo governo for formado lá (no Iraque) e eles quiserem conversar sobre além de 2011, nós estamos obviamente abertos para essa discussão – disse Gares, na semana passada, mencionando a formação de um governo, ainda pendente desde as eleições iraquianas de março deste ano.
Com informações da SRZD, Globo e New York Times