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17 de julho de 2011
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12:55

Negociação sobre teto da dívida dos EUA continua estagnada no Congresso

Por
Sul 21
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Da Redação

As negociações capitaneadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, entre republicanos e democratas continuam estagnadas. O acordo pretende estabelecer um plano de redução do déficit nos Estados Unidos que permita elevar o limite de endividamento. Todos os esforços para votar a ampliação deste limite se explicam pela possibilidade do país declarar moratória se as novas medidas não forem implementadas. De acordo com o Tesouro dos EUA, o país não terá condições de pagar suas dívidas nas próximas duas semanas.

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As divergências giram em torno de aumento de impostos e redução de gastos sociais. O presidente e os democratas querem aprovar um pacote de medidas fiscais que inclui taxar as grandes fortunas, medida inadmissível para os republicanos, defensores unicamente do corte de gastos sociais.

“Se vamos pedir aos idosos, aos estudantes, às famílias de classe média que se sacrifiquem, temos de pedir às corporações e aos americanos mais ricos que compartilhem desse sacrifício”, considerou Obama, em recado direto aos republicanos e sua resistência em aumentar os impostos para os mais ricos.

A proposta republicana, que deve ser apresentada no Congresso na próxima terça-feira (19), inclui US$ 2,5 trilhões em cortes de gastos, congelamento dos gastos governamentais em uma porcentagem determinada pelo PIB e uma emenda sobre o equilíbrio do orçamento – sem qualquer menção a aumentos de impostos.

“Precisamos de um enfoque equilibrado, com sacrifícios compartilhados e a disposição para tomar decisões impopulares”, afirmou Obama.

Os republicanos, maioria na Câmara de Representantes, se opõem a qualquer carga impositiva com o argumento que afetaria uma recuperação econômica ainda muito fragilizada. “A solução para as crises da despesa não são os aumentos de impostos”, disse o senador republicano de Utah, Orrin Hatch.

O presidente Obama e os democratas já cederam e se mostram favoráveis a cortar parte do orçamento destinado aos programas sociais e de saúde, mas exigem que o acordo inclua uma alta de impostos para equilibrar o orçamento com ingressos fiscais.

Com informações da Opera Mundi e agências


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