Da Redação
Prefeitos das cidades que integram o Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) decidiram em reunião na manhã desta quarta-feira (10) que vão cobrar do Ministério da Saúde a antecipação da vacinação dos profissionais da Educação. Os chefes de Executivo da região defendem que os educadores sejam vacinados na segunda fase da campanha nacional de imunização, juntamente com pessoas de 60 a 74 anos.
Atualmente, os professores e funcionários de escolas têm previsão de vacinação na quarta fase, quando também devem ser vacinados membros das forças de segurança e salvamento e de funcionários do sistema prisional.
Para o presidente da Granpal e prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella, a antecipação da imunização dos educadores elevaria a segurança para o retorno das aulas presenciais. Nossa principal reivindicação é a imunização de todos os profissionais da educação das redes estadual e municipal. Para que possamos começar o ano letivo de 2021, precisamos dar esse passo. Assim, os profissionais poderão exercer seu trabalho com maior segurança e preservaremos a vida das pessoas”, disse.
Caso a União não aceite a antecipação, os prefeitos já estão articulando um “Plano B”. “Nesse caso, pediremos ao governo do Estado que articule para que os municípios que desejarem, e tenham capacidade financeira, possam comprar as doses e vacinem seus professores”, adiantou Battistella.
Presente no encontro, o secretário estadual de Educação, Faisal Karam, concordou com a reivindicação dos prefeitos, colocando o governo estadual à disposição para se somar ao pleito junto ao governo federal e também para a formulação de protocolos eficientes em cada município. “Precisamos pensar no aluno. Os estudantes não têm mais condições de permanecerem afastados da sala de aula. Nesse sentido, o diálogo com os municípios é fundamental”, disse Faisal.
Também participaram da reunião os prefeitos de Canoas, Jairo Jorge; de São Leopoldo, Ary Vanazzi; de Triunfo, Murilo Machado Silva; as vice-prefeitas de Guaíba, Cláudia Jardim; e de Sapucaia do Sul, Imilia de Souza; além da secretária-adjunta de Educação do Estado, Ivana Flores.
PL também defende antecipação
Nesta terça-feira (9), a deputada estadual Sofia Cavedon (PT) protocolou na Assembleia Legislativa um projeto de lei que também busca antecipar a vacinação dos profissionais de educação. A proposta estabelece, em caráter excepcional e extraordinário, prioridade de vacinação contra covid-19 aos servidores públicos e trabalhadores da Educação no Rio Grande do Sul que devem executar suas atividades profissionais de modo presencial. Em seu parágrafo único, condiciona a não exigência do exercício da atividade profissional de forma presencial, sem que o Estado tenha disponibilizado a vacina, de forma gratuita, aos profissionais que atuem nas unidades escolares do Estado.
“Com a proximidade do início do ano letivo, cresce a preocupação de educadores, pais e mães com a segurança e proteção das crianças em relação à pandemia. A área da educação precisa ser essencial sempre, em todos os momentos. As redes públicas e privada podem ter calendários diferentes, mas os professores e demais profissionais da educação precisam estar inseridos no grupo prioritário para o recebimento da vacina da covid-19”, diz a deputada na justificativa do projeto, que ainda lembra que muitos professores fazem parte dos chamados grupo de risco. “Os trabalhadores que atuam na educação são formados por um contingente com faixa etária superior a 40 anos, muitos deles com comorbidades, a maioria advindas do próprio exercício da profissão”.
