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23 de junho de 2014
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18:05

“No meu palanque, infelizmente não”, diz Vieira da Cunha sobre apoio à Dilma Rousseff

Por
Sul 21
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“No meu palanque, infelizmente não”, diz Vieira da Cunha sobre apoio à Dilma Rousseff
“No meu palanque, infelizmente não”, diz Vieira da Cunha sobre apoio à Dilma Rousseff
 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
“Não sou político de ficar em cima do muro”, garantiu Vieira da Cunha, em entrevista no programa Conexão RS da Ulbra TV| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Samir Oliveira

Candidato ao governo gaúcho pelo PDT, o deputado federal Vieira da Cunha participou na quinta-feira (19) do programa Conexão RS, na Ulbra TV, onde afirmou que não fará campanha para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) – apesar de, nacionalmente, os pedetistas apoiarem a petista. O programa foi exibido nos canais 21 da NET e 48 da antena UHF e contou com participação de jornalistas da emissora, do Sul21 e do portal Terra.

Em aliança com DEM, PSC, PV e PEN, o candidato do PDT reconheceu que ainda não definiu quem irá apoiar na disputa nacional. “Boa pergunta, que até agora não consigo responder”, admitiu, ao ser questionado sobre o tema.

Contudo, frisou que não é “político de ficar em cima do muro” e garantiu que até o final do processo eleitoral irá divulgar publicamente seu apoio presidencial. Apesar de não saber ainda quem irá apoiar, Vieira da Cunha já definiu para quem não irá fazer campanha.

Ele disse que não possui, pessoalmente, nada contra a presidenta Dilma Rousseff. Mas manifestou que não irá apoiar sua candidatura por se tratar de uma petista. “Não que eu tenha alguma coisa pessoal contra Dilma, com quem convivemos durante anos. Ela foi pedetista e fundadora do nosso partido. Mas a Dilma é PT e, hoje, o PT tem uma vinculação indissociável com um dos piores males deste país, que é a corrupção. E eu não consigo me associar a uma candidatura que tem essa mancha da corrupção. Pra mim seria um constrangimento intransponível. Eu não conseguiria carregar a bandeira do PT. Não vou pedir voto para o 13”, desabafou.

Questionado, então, se Dilma Rousseff teria um lugar no palanque do PDT gaúcho, Vieira da Cunha respondeu: “No meu palanque, infelizmente, não. Digo isso com muito pesar, em função de toda uma relação que sempre tive com a presidente Dilma. Mas sua figura hoje é indissociável do PT”.

Críticas ao PT

Ao longo de uma hora de entrevista, Vieira da Cunha pontuou várias críticas ao governo de Tarso Genro (PT), que é candidato à reeleição. E justificou o fato de o PDT ter saído do governo no final do ano passado. “O PDT estava se constituindo numa espécie de apêndice do PT. Estávamos sendo coadjuvantes na política gaúcha, assim como estamos sendo na política nacional. Esse é um papel que era um desconforto para muitos pedetistas”, explicou.

O deputado frisou que sua candidatura “é de oposição, mas, ao mesmo tempo, é propositiva”. E disse que pretende enfrentar “os problemas estruturais do estado”, que, na sua avaliação, “o governo atual lastimavelmente aprofundou”.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Educação

Vieira da Cunha pretende se apoiar em uma das bandeiras históricas de Leonel Brizola, fundador do PDT: a educação. Ele prometeu retomar a construção dos CIEPs, as escolas de tempo integral.

A respeito do pagamento do piso nacional do magistério, o pedetista disse que não há outro caminho para cumprir a lei que não seja “a busca do reequilíbrio das contas públicas estaduais”, sem ter dado maiores detalhes de como implementaria esse equilíbrio fiscal.

Aliança com o DEM

Partido com tradição na esquerda e na centro-esquerda, o PDT está coligado com o DEM no Rio Grande do Sul. Questionado sobre o envolvimento de lideranças e ex-expoentes do DEM em escândalos de corrupção, Vieira disse que não tem compromisso com essas figuras – cmo o ex-senador Demóstenes Torres e o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

“Eu não tenho conhecimento de nenhum parlamentar do DEM do Rio Grande do Sul envolvido nesse tipo de episódio. Não tenho nenhum compromisso, e muito menos o Onyx (Lorenzoni, deputado federal pelo DEM gaúcho), que é membro da direção nacional do DEM e foi um dos que propôs a expulsão do Arruda. Eu não tenho nenhum tipo de constrangimento de ter aliança com o DEM”, explicou.

Veja abaixo a íntegra da entrevista


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