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Da Redação
Depois de seis dias de intensos protestos da comunidade de Cajamarca no Peru, a empresa Yanacocha, controlada pela empresa norte-americana Newmont, anunciou nesta quarta-feira (30) a suspensão do projeto de extração de ouro e cobre da mineradora Minas Conga. Representantes da companhia explicaram que a suspensão foi anunciada por “exigência” do presidente do Peru, Ollanta Humala.
“A Yanacocha comunica para a opinião pública que, por exigência do supremo governo e com o interesse de que se restabeleçam a tranquilidade e a paz social em Cajamarca, foi decidido suspender as atividades do projeto”, indicou um comunicado.
Os moradores se contrapõem ao projeto alegando que causará escassez e contaminação da água, recurso fundamental para o desenvolvimento das atividades ligadas à agricultura e à pecuária na região. Para amenizar a crítica sobre o impacto sobre os recursos hídricos que Conga acarretaria para as comunidades locais, a Yanacocha anunciou a construção de reservatórios.
A empresa também sinalizou que vai acatar todas as exigências do governo do presidente Ollanta Humala para concluir o projeto. Com relação aos impactos sócio-ambientais, o governo central sustenta que é possível evitá-los, e que o projeto Conga aportará recursos para programas sociais.
Humala, no entanto, enfrenta resistências no Ministério de Meio Ambiente, que fez objeções ao projeto, contrariando a posição defendida no Ministério de Energia e Minas. Diante da repressão contra os moradores, o vice-ministro de Gestão Ambiental, José de Echave, renunciou ao cargo por considerar que o governo não tem estratégia adequada para enfrentar os conflitos sociais.
O projeto Conga, sob a responsabilidade das empresas Newmont e Buenaventura dos Estados Unidos, está orçado em 4,8 bilhões de dólares, considerado o maior da história do Peru. A previsão é que a mineradora comece a produzir em 2014.
Com informações da Ansa e Adital