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8 de janeiro de 2012
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13:23

Crise corta cem mil vagas no setor financeiro e ameaça emergentes

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Sul 21
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Crise corta cem mil vagas no setor financeiro e ameaça emergentes
Crise corta cem mil vagas no setor financeiro e ameaça emergentes
Grandes bancos já anunciaram que terão de demitir 91 mil pessoas no mundo | Foto: Flickr

Da Redação

A crise internacional dos mercados financeiros deverá custar pelo menos cem mil vagas nos bancos e corretoras globais, podendo respingar em países distantes do epicentro da turbulência, como o Brasil. Os grandes bancos anunciaram, desde o início de 2011, que terão de demitir 91 mil no mundo.

Só nos EUA, foram cortados 56.191 de janeiro a novembro, segundo a consultoria Challenger, Gray & Christmas. O setor financeiro foi o segundo que mais demitiu, atrás só do governamental.

No Brasil, as filiais de bancos estrangeiros terão de demitir se tiverem de reduzir áreas de negócios para se enquadrarem às exigências regulatórias. Para Luis Santacreu, analista da Austin Ratings, as mais ameaçadas até agora são as corretoras brasileiras por conta da crise na Bolsa. A corretora britânica Icap, por exemplo, demitiu em outubro 56 dos 200 funcionários no Brasil.

Segundo o sindicato dos bancários, o Itaú cortou 4.000 no final do ano. “Os cortes não têm nada a ver com a crise, mas com a fusão com o Unibanco”, disse Daniel Reis, diretor do sindicato e funcionário do Itaú. O Itaú não confirma as 4.000 demissões, mas admite que fez ajustes devido a uma remodelagem de negócios.

O HSBC cortará 30 mil, mas indica que o Brasil será poupado por ser estratégico. O banco tem 9% do fluxo financeiro entre o Brasil e a China. O Goldman Sachs quer fortalecer a unidade brasileira, que contava com 30 pessoas em 2007 e tem 300 hoje.

O Citi, que pode afastar até 4.500 pessoas, também quer reforçar a operação no país. O francês BNP Paribas diz que o Brasil faz parte do esforço para sua reestruturação global, já concluída e que envolveu demissões. A previsão é de 1.400 cortes no mundo. Na França, o Société negocia as demissões com os sindicatos. No Brasil a estrutura é pequena, mas todas as contratações foram suspensas.

Com informações da Folha de S. Paulo


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