Governo exige fim de protestos para negociar com brigadianos

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Governo exige fim de protestos para negociar com brigadianos
Governo exige fim de protestos para negociar com brigadianos

Representantes da categoria se reuniram com o chefe da Casa Civil nesta quinta | Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini

Da Redação

Com a condição de que os brigadianos encerrem a sequência de protestos com queima de pneus em rodovias do interior gaúcho, o governo do Estado prometeu nesta quinta-feira (1º) apresentar um calendário de reajustes para a Brigada Militar até o dia 9. O governo se reuniu nesta quinta com dirigentes da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (ABAMF), que representa os soldados da Brigada.

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O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, defendeu o fim das manifestações, com queimas de pneus e bloqueios de estradas, como condição para não interromper a negociação com a categoria. Na madrugada desta quinta, pneus foram queimados na avenida Castelo Branco, na entrada de Porto Alegre.

“Reconhecemos a legitimidade da reivindicação dos brigadianos por melhores salários e estamos dialogando com a categoria a fim de construir uma proposta que atenda às necessidades da categoria. No entanto, o avanço da negociação não pode estar vinculado aos protestos. Não queremos romper o diálogo, mas enquanto houver esse tipo de manifestação, não vamos apresentar proposta”, disse Pestana.

De acordo com o presidente da ABAMF, Leonel Lucas, as manifestações não são de responsabilidade da entidade, mas de setores que estariam interessados em prejudicar as negociações. “O governo tem mecanismos para descobrir os responsáveis por esses atos”, afirmou Lucas. Lucas garantiu ter o controle de todos os atos praticados pela entidade e que nenhuma manifestação será realizada até a apresentação do calendário de reajuste.

A ABAMF defende um reajuste imediato de 25% nos salários e a chegada em R$ 3,2 mil até 2014. “Nosso salário é o mais baixo do país. A média do restante dos estados é de R$ 2 mil e nós estamos hoje com R$ 1,7 mil. O governador disse que chegaríamos aos R$ 3,2 mil até 2014”, afirma Leonel Lucas.


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