De Poa
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21 de abril de 2022
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14:38

De Quinta: Tarso e as alianças do PT para 2022

(Foto: Guilherme Santos/Sul21)
(Foto: Guilherme Santos/Sul21)

O De Quinta, podcast de debates do Sul21, recebe nesta semana o ex-governador Tarso Genro (PT) para um bate-papo sobre as eleições de 2022. Ele fala sobre as alianças do PT a nível nacional e no Rio Grande do Sul, dando a sua opinião sobre a chapa Lula-Alckmin, bem como analisa a corrida para sucessão de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul. A apresentação é de Luís Eduardo Gomes e de Felipe Prestes.

O ex-governador diz que está afastado, por vontade própria, das esferas de decisões partidárias, mas ressalta que tem se mantido ativo nas discussões internas do PT. Ele abre o programa analisando a chapa petista para a presidência da República, que terá o ex-tucano Geraldo Alckmin como candidato a vice.

“Acho duas coisas. Primeiro, que essa chapa dá continuidade a uma visão muito particular, muito definida do Lula, no que se refere a questão da governabilidade. Dá segmento também a sua vocação de um homem, de um dirigente que orienta e dá sentido estratégico para uma frente de centro-esquerda a partir do centro. O Lula sempre teve uma função de centro dentro das coalizões políticas que ele participou, que tinham desde o Partido dos Trabalhadores, partido comunista, intelectuais independente de esquerda, até partidos e lideranças de centro-direita. Eu acho que essa aliança é fatalidade histórica, no sentido de que, hoje, para responder à emergência do fascismo aqui no Brasil e necessária uma ampla frente política com muita capacidade eleitoral, porque o fascismo está incrustado nos corações e mentes de uma boa parte da sociedade brasileira”, diz Tarso.

Na sequência, o ex-governador destaca que, se dependesse dele, Alckmin não seria o candidato a vice, mas destaca que as escolhas de Lula são voltadas para garantir a governabilidade em caso de vitória nas eleições. “Quando eu digo que é uma fatalidade histórica, não estou dizendo que é uma tragédia, é a organização de condições para a governabilidade, que tem no centro dessa governabilidade um quadro político da estatura do Lula. Eu costumo dizer também que isso não depende de vontade política de dirigente. Eu, se fosse montar uma chapa, certamente não escolheria o Alckmin. Mas tanto o partido como o povo brasileiro tiveram a sabedoria de não me eleger, de eleger o Lula, que está mais preparado para fazer governos dessa natureza”.

Tarso também fala sobre as suas expectativas em relação à candidatura de Edegar Pretto ao governo do Rio Grande do Sul e explica porque não está concorrendo nestas eleições.

Confira o episódio do De Quinta nas plataformas abaixo:


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