Professora Vivi (*)
Sabemos que a história deste Sindicato foi construída a muitas mãos, e, no dia do seu aniversário, quero registrar que a minha militância ao lado das Companheiras da CS no CPERS foi decisiva para a minha formação.
Aprendi a ser feminista, porque neste espaço as mulheres encontram o seu lugar de fala.
Sem menosprezar o papel dos homens profissionais da educação na construção do sindicato, são as mulheres – professoras, funcionárias de escolas, aposentadas – que, a partir da escola, fazem do CPERS o gigante que ele é.
São elas que nas mobilizações se formam, pois a luta reivindicatória abre caminho para o “fazer político.”
Rompem as correntes que as aprisionam às suas famílias. “Que ato heróico é entrar em um ônibus e viajar quilômetros para participar de um Ato Público na capital. Ou então brigar pela justeza de uma greve, uma paralisação para que sua profissão seja respeitada pelos governos e políticos que só lembram da educação na época das campanhas eleitorais.”
No Sindicato aprendi e transmito para meus alunos(as) que não somos nem tias, nem mães, somos trabalhadoras em educação.
Na militância nesta entidade de classe, aprendo, em cada reunião, em cada atividade, que uma voz masculina, num tom mais alto, não tem força para nos calar.
E que alegria me proporciona a sinergia deste encontro de gerações. Mulheres de todas as idades, que choram, que brigam, que lutam, mas que não perdem a sensibilidade.
No CPERS aprendi a ser uma professora melhor, capaz de entender a realidade dos estudantes e das suas famílias, a importância da escola pública de qualidade e democrática para as filhas e filhos da classe trabalhadora.
Por fim, nesta homenagem, reafirmo que sou “Ceperguista” com muito orgulho e que estarei sempre do lado certo na defesa do nosso Sindicato.
Vida longa ao CPERS!
(*) Integrante do Conselho Geral do CPERS e dirigente da Construção Socialista
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