Érico Corrêa (*)
Diante de uma defasagem salarial que supera 65%, tendo recebido míseros 6% em 2022 apenas por uma manobra político-eleitoreira, o nosso inimigo número 1 mais uma vez divide as categorias e ignora as pautas apresentadas pelas entidades.
Anunciou na terça-feira, 3/10, um reajuste inferior a R$ 100 no vale-refeição dos servidores. É inaceitável que os servidores sigam sendo tratados com tamanho desrespeito por parte do poder Executivo.
As maiores vítimas continuam sendo os aposentados, que tiveram redução salarial por conta de um ilegal desconto previdenciário imposto pela PEC 103 – Reforma da Previdência de Bolsonaro – e imediatamente implantada aqui no Rio Grande do Sul.
Além disto, em outubro, a sangria vai aumentar com as novas alíquotas do IPE Saúde. Este cenário devastador, que tem causado dor e angústia para os trabalhadores, parece não ter fim! O governo protela a votação do reajuste do Piso Regional e também condena à miséria os servidores, sobretudo os aposentados e as aposentadas.
Enquanto isso, aumentou as isenções fiscais em quase 70%, deixando os ricos cada vez mais ricos, e segue a entregando o patrimônio do Estado para seus amigos empresários, como fez recentemente com a CORSAN.
O mais lamentável é que Leite mantém-se firme em sua campanha presidencial, sem uma oposição partidária efetiva no Rio Grande do Sul, com muito apoio da grande mídia e desarticulando a ação unitária das entidades sindicais.
Como garoto propaganda do PSDB, é a face palatável da ultradireita. Foi com esta pinta de bom moço que conseguiu o fato inédito de ser o primeiro governador a se reeleger no Estado, inclusive com apoio de grande parte da esquerda.
Continuaremos incansavelmente buscando a unidade dos servidores públicos, pois nenhum sindicato, de forma isolada, conseguirá enfrentar este governo e ter as demandas das suas categorias atendidas.
Uma certeza nos move: se não fortalecermos a nossa atuação conjunta continuaremos sendo massacrados, entretanto, não nos colocaremos no papel de pedintes, não queremos esmolas, continuaremos exigindo nossos direitos.
Por fim é importante registrar que a Frente dos Servidores Públicos (FSP/RS) cancelou a paralisação e o ato que faria no dia 26/9 em solidariedade e compromisso com o Estado que ainda chora seus mortos e suas cidades destruídas, mas o governador se sentiu bem à vontade para dançar em São Paulo, com Ivete Sangalo, como se aqui tudo fosse alegria.
Somente nossa unidade tem força!
(*) Presidente do Sindicaixa
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