Marcelo Sgarbossa (*)
Lideranças devem liderar. Beto, Edegar, Manuela e Ruas, conjuntamente com os partidos, precisam com urgência marcar mais uma conversa. Deste diálogo, só se sai quando sair fumaça branca de um acordo para derrotar o protofacismo. Não custa repetir: é contra o fascismo que estamos lutando; é contra um modelo irresponsavelmente liberal que estamos lutando; pessoas passam fome; o futuro do planeta, e da possibilidade de uma vida digna do ponto de vista da saúde planetária, está em risco.
Confiamos nestas grandes figuras da política gaúcha e seus partidos. São gigantes, e são chamados para cumprir a tarefa histórica de andarmos juntos. É claro que há diferenças; é claro que já criticamos uns aos outros; é claro que há uma disputa entre nós no campo da centro esquerda. Mas agora não dá pra titubear; agora é o momento histórico da agenda comum.
À título de contribuição para esta união, propomos mais horizontalidade: um conselho político ao qual a figura do governador/a teria o mesmo peso de quem ocupa o lugar de vice. Este Conselho seria composto, obviamente, também pelos partidos que compuserem a aliança (inclusive para a além da federação entre PV, Pc do B e PT). No senado, propomos uma candidatura coletiva, com os/as suplentes revezando o mandato.
Pedir diálogo através de um artigo público talvez não seja o melhor método. Já não funcionou em 2020 quando o Sul21 publicou nosso pedido de diálogo pela união do campo de esquerda já no primeiro turno das eleições em Porto Alegre. Mas as convenções partidárias estão chegando, e o exíguo tempo que resta exige de quem quer a união apelos ainda mais desesperados.
Enfim, é hora de ousadia e criatividade. É contra “tudo o que está aí”, e que pode ser ainda pior, que nos faz estar juntos.
(*) Advogado, vice-Presidente do Partido Verde de Porto Alegre
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