Opinião
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27 de maio de 2022
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09:06

Unir todos contra a escalada de crimes fascistas (por Alex Saratt)

Vídeo mostra Agentes da PRF colocando vítima dentro do porta malas de uma viatura cheia de gás. (Reprodução)
Vídeo mostra Agentes da PRF colocando vítima dentro do porta malas de uma viatura cheia de gás. (Reprodução)

Alex Saratt (*)

A crescente escalada de crimes fascistas precisa receber veemente, imediato e massivo repúdio político, social e judicial, sem qualquer tipo de transigência ou relativização. 

É óbvia a relação entre a crise política e a falência eleitoral do candidato à reeleição e os acontecimentos de fatos que são verdadeiros crimes, típicos de situações de Estado de Exceção e Terrorismo de Estado. 

Desfraldar as bandeiras da democracia, dos direitos humanos e da Justiça, reunindo desde o simples cidadão até expoentes da vida nacional, numa forte demonstração de civismo e civilidade, acompanhada de medidas de investigação rigorosa e punição aos culpados, é urgente. 

Não bastasse a crise econômica, o desemprego, a fome, a inflação, a pandemia e a corrupção – fenômenos alheios aos extremistas políticos e ao seleto clube dos milionários e bilionários brasileiros – os sucessivos crimes pairam como ameaça concreta à frágil tessitura social e estatal que sobrevive graças as consciências e resistências daqueles que não se curvam aos golpes e projetos assassinos e autoritários de poder. 

É hora de pôr em movimento nossas forças, vontades e dignidades, sob pena de que o caldeirão de violência, ódio e mentiras possa tornar-se insuportável à vida do povo. Unir os diferentes num compromisso maior, o da salvação nacional, é passo fundamental para a reconstrução política, ética e moral da brasilidade, aviltada pelos falsos patriotas, pelos vendilhões do templo, pelos tributários da barbárie, pelos oportunistas de plantão.

 Democracia, direitos e liberdade genuínas como fórmula e método para dar cabo às agressões que reeditam o que de pior a História e as classes dominantes já produziram e que, desgraçadamente, querem perpetuar como modelo de injustiça, desigualdade e opressão. Fascistas, não passarão!

(*) Professor e 1° vice-presidente do CPERS

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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