Opinião
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27 de agosto de 2019
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19:15

Patrimônio Histórico e Cultural: quem valoriza o passado acredita no futuro (por CAU/RS)

Por
Sul 21
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Patrimônio Histórico e Cultural: quem valoriza o passado acredita no futuro (por CAU/RS)
Patrimônio Histórico e Cultural: quem valoriza o passado acredita no futuro (por CAU/RS)
Foto: Guilherme Santos/Sul21

 Conselho de Arquitetura e Urbanismo (*)

Uma cidade que valoriza seu patrimônio cria novos lugares, promove o turismo, movimenta a economia e agrega as pessoas. No momento que reconhecemos casas, prédios, bairros, parques e praças como testemunhas do tempo, aprendemos a valorizar e somos estimulados a preservar, pois vemos nossa própria história refletida. No entanto, na falta de educação patrimonial, ideias equivocadas sobre preservação do patrimônio ganham espaço e repercutem, muitas vezes, em destruição ou abandono do patrimônio edificado.

Existem muitos benefícios para quem possui bens de interesse histórico e cultural, entre eles a valorização pelo capital cultural e simbólico, a transformação do uso (de residencial para comercial, como ocorre no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre), a geração de renda a partir do turismo (como a casa de madeira construída no início do século passado que hoje recebe turistas no alto do Cânion Itaimbezinho, em Cambará do Sul, para desfrutar da gastronomia local).

No dia 17 de agosto, celebramos o Dia Nacional do Patrimônio Histórico e Estadual do Patrimônio Cultural. Neste ano, para marcar a data, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS), por meio de sua Comissão Temporária de Patrimônio Histórico, promoveu a “Caminhada da Perda”, evento que reuniu centenas de pessoas no Centro da capital para sensibilizar para questões patrimoniais a partir da identificação da perda.

Na ânsia pelo crescimento vertical da cidade, muitas edificações históricas foram ao chão, completamente demolidos, outros estão abandonados e muitos foram descaracterizados, o que também configura uma maneira de destruir o imóvel de valor histórico e cultural pré-existente. O patrimônio que se perde deixa uma lacuna que não será preenchida.

Arquitetos e urbanistas tem o preparo técnico necessário para atuar no restauro e na preservação do patrimônio edificado. Por isso, este será um dos temas do 6º Seminário de Exercício Profissional promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) dias 29 e 30 de agosto no Centro Histórico-Cultural Santa Casa, em Porto Alegre. As inscrições são gratuitas e estão abertas. Saiba mais no site: www.caurs.gov.br.

(*) Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS)

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