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15 de setembro de 2010
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09:00

Um debate sem confronto

Por
Sul 21
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Um debate sem confronto
Um debate sem confronto
Caco Argemi
Paulo Sergio Pinto, mediador do debate, junto com os candidatos Carlos Schneider, Tarso Genro e Aroldo Medina | Foto: Caco Argemi

Jorge Seadi

No final da tarde desta terça-feira (14), sete dos nove candidatos ao governo do Rio Grande do Sul se reuniram nos estúdios da Rede Pampa para mais uma rodada de troca de idéias, de promessas e de pedido de votos. Humberto Carvalho, do PCB, e Júlio Flores, do PSTU, não foram convidados por representarem partidos sem representação no Congresso. Debate mesmo não aconteceu. A úncia tensão ocorreu entre a candidata do PSDB, Yeda Crusius, e o do PRP, Aroldo Medina.

Depois de uma breve apresentação de cada candidato, informando por que deseja ser governador do Rio Grande do Sul, começou a fase de pergunta, resposta, réplica e tréplica. Em duas horas de programa, comandado por Paulo Sérgio Pinto e Clóvis Duarte, os candidatos abordaram temas como investimento, infraestrutura, segurança pública, energia, saúde, educação entre outros.

Tensão

O programa teve dois momentos um pouco mais tensos. Ambos ocorreram quando o candidato Aroldo Medina (PRP) questionou a governadora Yeda Crusius (PSDB). No primeiro, ao tratar das Parcerias Públicas Privadas, Medina questionou a transparência das licitações, afirmando que há empresas fantasmas participando dos processos. A governadora negou a acusação. Afirmou em “um mundo de Big Brother” é possível que haja funcionários que não façam seu trabalho como deveriam.

O segundo momento, um pouco mais tenso, aconteceu quando a governadora lembrou que seu governo fez o ajuste fiscal. Ela queria saber do candidato qual a sua visão sobre as finanças do estado. Medina colocou que a primeira coisa a fazer era evitar a corrupção. Deu como exemplo o Banrisul, afirmando que chamaria a Polícia Federal para investigar. A governadora o acusou de oportunista ao levantar o caso do Banco do Estado e ressaltou que o Estado deu várias demonstrações de bom gerenciamento do dinheiro público, sendo o primeiro estado a conseguir empréstimo internacional para refinanciar as dívidas públicas.

Dívida com a União

Refinanciamento da dívida pública foi o assunto principal dos candidatos do PSOL, Pedro Ruas, e do PT, Tarso Genro. Ruas afirmou que, com o PSOL no governo, o Rio Grande do Sul faria uma moratória. Tarso lembrou que uma atitude como esta não é realista. Impediria que o governo do Estado recebesse qualquer verba federal e internacional. “O Estado simplesmente para de funcionar”, alertou.

Governar é unir forças

Em um programa com poucos momentos quentes, o candidato do PMDB, José Fogaça, lembrou à governadora que ninguém governa sozinho e emendou com o exemplo do projeto do Cais Mauá, em Porto Alegre, como uma iniciativa que mostra a necessidade desta união de forças. A governadora aproveitou a deixa para lembrar que o projeto do cais é uma iniciativa de seu governo com as Parcerias Públicas Privadas. Ao que Fogaça rebateu dizendo que seu governo terá integração, parceria e diálogo com todos.

Alianças Políticas

Os partidos menores usaram o tema livre para bater nas alianças dos candidatos que lideram as pesquisas. Monserrat Martins, do PV, disse que seu partido tem programa político completo e que trata de política de verdade. Pedro Ruas, do PSOL, aproveitou a deixa para dizer que as coligações estaduais e federais são somente uma maneira que os partidos encontraram de lotear o tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral e também os cargos e as verbas públicas e que o país paga muito caro por isso.

A governadora Yeda Crussius ressaltou o entusiasmo e a fé nos projetos que estão em andamento no governo e que, segundo ela, serão concluídos nos próximos quatro anos.

José Fogaça lembrou que o governo existe para servir as pessoas, para prestar serviço à população e que vai investir na melhoria destes serviços exemplificando com a segurança pública.

Já o candidato do PT, Tarso Genro chamou a atenção de que a coligação comandada pelo PT no Rio Grande do Sul e no país é uma coligação com partidos sérios que buscam a coesão social. E lembrou mais uma vez que o Rio Grande do Sul precisa restabelecer o vínculo com o governo federal para criar um ciclo de desenvolvimento virtuoso.


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