![“Quase 5% do PIB some em corrupção”, afirma Marina](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2021/03/IMG_0017-450x300.jpg)
Em entrevista concedida hoje pela manhã (20) ao Bom Dia Brasil da Rede Globo, a candidata à presidência Marina Silva (PV) disse que, para investir nas diversas áreas deficitárias do País é necessário acabar com o desvio de verba pública. “Precisamos evitar o desvio. Quase 5% do PIB desaparece em corrupção. Quero que o investimento em educação passe de 5% do PIB para 7%. Não é aumentar gasto, é aumentar o investimento, uma questão de prioridade”, afirmou.
Marina também defendeu a criação de “taxas verdes” para educar a população na poreservação do meio ambiente — plataforma central das propostas de governo da candidata. “Não é aumento de impostos. Se a pessoa quiser construir uma termoelétrica, terá de pagar pelas emissões de CO2”, disse.
Sobre o pré-sal, Marina comentou que o processo deve ser feito apenas se houver responsabilidade. “O uso do petróleo ainda é um mal necessário. Devemos investir para evitar acidentes como no Golfo do México. Manterei a exploração com responsabilidade e defendo a criação de um comitê independente para acompanhar e auditar o que está sendo feito.”
Quando questionada sobre sua relação e parceria com a ex-colega e ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, candidata do PT, Marina, que foi ministra do Meio Ambiente também no governo Lula, disse que a execução de todo o plano de combate ao desmatamento foi executado por ela. “Eu fazia a coordenação executiva e a Casa Civil tinha um papel muito mais político de convoção. Quando eu percebi que havia pressão de outros governadores para que as medidas fossem revogadas, por uma questão de justiça, a ministra não estava participando deste processo. Eram eles diretamente com o presidente em uma reunião. Quando eu percebi que estavam induzindo o presidente ao erro, eu pedi para sair”, contou.
Marina também criticou os adversários: “diferente deles, eu tenho uma plataforma de governo e eles não a tem porque se prepararam para o embate e não para o debate do Brasil”.
Fonte: G1, Terra e Bom dia Brasil