Coronavírus
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15 de março de 2022
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17:03

Covid-19: Governo Leite desobriga uso de máscara no RS em ambientes ao ar livre

Por
Sul 21
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Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21

O governo de Eduardo Leite (PSDB) anunciou, na tarde dessa terça-feira (15), que o uso de máscaras contra a covid-19 não será mais obrigatório em ambientes ao ar livre no Rio Grande do Sul (RS). O decreto com a mudança será publicado até quarta-feira (16), quando então a nova determinação entra em vigor.

Segundo o governo estadual, a decisão foi tomada pelo Gabinete de Crise para o Enfrentamento à Covid-19 no RS, e a flexibilização “acolhe entendimento do Comitê Científico”.

A desobrigatoriedade do uso de máscara em ambientes ao ar livre vem sendo adotada por diversos estados e cidades do País. No RS, a mesma medida foi anunciada semana passada pela prefeitura de Porto Alegre, logo seguida por Caxias do Sul, Gravataí e Carlos Barbosa. Desde então, o governo Leite vinha dando indícios de que adotaria a mesma decisão em nível estadual.

A flexibilização no RS ocorre na esteira da mesma medida já adotada nos últimos dias por outros estados e cidades do País. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média móvel da última semana ficou em 431 mortes.

Em nota técnica, o Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento a Pandemia Covid-19 destaca a importância que o quadro epidemiológico da covid-19 no RS continua exigindo todos os esforços para evitar novos contágios e diminuir o número de mortes, que ainda estão em níveis altos.

Apesar da flexibilização em ambientes ao ar livre, os integrantes do Comitê Científico alertam para algumas situações de alto risco, casos em que o uso de máscara é recomendado. Entre os exemplos está ficar a menos de um metro de distância, seja conversando com alguém ou num estádio de futebol lotado, assim como contato próximo entre duas ou mais pessoas por muitas horas, como num show ou novamente num estádio de futebol. Deve-se ainda não ficar sem máscara em locais com muitas pessoas não vacinadas, como numa escola infantil, em aglomerações com pessoas desconhecidas ou com comportamento de risco.

“Em lugares ao ar livre, a ventilação é a mais adequada e, portanto, pode-se optar por não usar a máscara nas situações de baixo risco, nas quais for possível manter o distanciamento físico. Reforçando que não é possível afirmar, cientificamente, que o risco de infecção é zero”, diz a nota.

O uso de máscara segue sendo recomendado para grupos mais vulneráveis, pessoas com maior risco individual de hospitalização e óbito. A recomendação do Comitê Científico é de manter o uso de máscaras, mesmo ao ar livre, as pessoas não vacinadas; com doenças autoimunes; que tomem medicações imunossupressoras; com obesidade, doença neurológica, doença cardiovascular, síndrome de down, diabete mellitus, doença renal crônica, doença crônica descompensada; e em tratamento oncológico.

A nota ainda enfatiza a importância da vacinação, com esquema completo e dose de reforço. E enfatiza que o risco de morte entre pessoas não vacinadas em comparação com aquelas com duas doses mais a dose de reforço, foi 21 vezes maior para a faixa etária com 60 anos ou mais, 13 vezes maior para a faixa etária de 40 a 59 anos e foi 7 vezes maior para a faixa etária de 30 a 39 anos.


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