Coronavírus
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4 de fevereiro de 2022
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18:40

Mesmo com avanço da ômicron, instituições mantêm retorno presencial das aulas

Por
Fernanda Nascimento
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em um cenário de crescimento de contágio pela variante ômicron da covid-19, o retorno presencial às aulas deve acontecer na maioria das instituições de ensino do Estado. A exceção são instituições federais de ensino superior, que adiaram a retomada em função do avanço da pandemia. No ensino básico, a expectativa é de manutenção do ensino presencial, mesmo com a baixa adesão da vacinação na maior faixa de estudantes atendidos: crianças entre 5 e 11 anos de idade.

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No fim do ano passado, a redução do número de casos e mortes por covid-19 fez com que a maioria das instituições de ensino divulgasse calendários para 2022 prevendo o retorno das aulas presenciais no início do ano letivo. Mas com o aumento de casos de coronavírus, instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) recuaram. Na principal universidade federal do Estado, as aulas presenciais já foram adiadas duas vezes este ano e a nova data prevista é 7 de março.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), as atividades seguem em formato remoto. Nessa semana, a instituição iniciou um levantamento de vacinados e uma busca ativa por não vacinados na instituição. O objetivo é obter um panorama do cenário de vacinação na comunidade acadêmica. Já na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o retorno escalonado dos servidores públicos foi adiado e tem previsão de iniciar em março. Na Unipampa e na Furg o retorno está inicialmente previsto para abril.

Nos institutos federais as atividades também seguem em formato remoto. No início da semana, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) deu provimento a um recurso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IF-Sul) para suspender o retorno das aulas presenciais para os alunos da instituição de ensino, que estavam previstas para serem retomadas em 1º de fevereiro. A ação que pedia o retorno imediato foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em novembro do ano passado. O argumento do MPF é de que a carga horária das disciplinas ministradas em formato remoto era reduzida e prejudicava o aprendizado. Na decisão do TRF, a variante ômicron é citada como motivo de preocupação para o retorno obrigatório.

Já nas universidades privadas, o retorno do ensino presencial está, até o momento, mantido. Unisinos, Universidade de Passo Fundo (UPF) e Feevale retomam as atividades ainda em fevereiro. Já PUCRS, UCS, Ulbra e Uniritter reiniciam as aulas presenciais na primeira semana de março.

Entre as crianças e adolescentes, as aulas presenciais em instituições públicas e privadas estão mantidas. Os executivos estaduais e municipal de Porto Alegre e as escolas privadas não deram sinais de que a retomada do ensino presencial possa ser revista – as aulas recomeçam ainda esse mês.

Os sindicatos de servidores têm cobrado os governos estadual e municipal para a implementação da obrigatoriedade do passaporte vacinal para o ingresso nos estabelecimentos de ensino, mas tanto o prefeito Sebastião Melo (MDB) quanto o governador Eduardo Leite (PSDB) não cogitam adotar a medida.


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