Coronavírus
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24 de dezembro de 2021
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09:46

Governo Bolsonaro quer prescrição médica para vacinar crianças contra a covid

Por
Sul 21
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Marcelo Queiroga. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Queiroga. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em entrevista coletiva na noite de quinta-feira (23) que a Pasta recomendará prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou no dia 16 de dezembro o uso do imunizante da Pfizer para esse público, mas o governo federal indica que só depois do dia 5 de janeiro deve dar uma resposta definitiva sobre o tema. Nesta sexta iniciou uma consulta pública sobre a inclusão de crianças na campanha de vacinação contra o coronavírus, que permanecerá aberta até 2 de janeiro. Para acessar o formulário da consulta, clique aqui.

Além de defender que a vacinação não deve ser compulsória, o governo federal adianta que a inclusão da referida faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação deverá priorizar crianças com deficiência permanente ou comorbidades, bem como aquelas que vivam “em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de covid-19”.

No caso de crianças sem comorbidade, a ordem de prioridade vai das mais velhas para mais novas, iniciando com o grupo com idade de 10 a 11 anos.

O governo vem sendo criticado por inúmeros especialistas pela demora em dar início à imunização de crianças, mesmo após a liberação da Anvisa. Também na quinta-feira, ao ser questionado sobre a necessidade de consulta popular para definir se crianças deveriam ser incluídas no PNI, Queiroga disse que “óbitos de crianças estão dentro de patamar que não implica em decisões emergenciais”. Uma avalanche de críticas sucedeu a declaração.

Levantamento do Poder360 indica que, em 2020, as mortes por covid representaram 7% da média de todos os óbitos de crianças entre 5 e 11 anos no Brasil.

A vacina da Pfizer para crianças é diferente daquela disponibilizada para adolescentes e adultos, exigindo do governo a compra de uma versão específica, que tem frascos e dosagens diferentes.


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