Coronavírus
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2 de julho de 2021
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19:40

Prefeitura da Capital diz que fará busca ativa, se confirmar uso de vacinas vencidas

Por
Sul 21
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Doses de vacina contra o coronavírus. Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini / Arquivo
Doses de vacina contra o coronavírus. Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini / Arquivo

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta sexta-feira (2) aponta que ao menos 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em 1.532 municípios do Brasil até o dia 19 de junho. Alguma prefeituras, no entanto, negam que as doses tenham sido aplicadas fora da validade, alegando problemas no sistema de registro de dados do Ministério da Saúde.

Segundo a Folha, 86 doses vencidas foram aplicadas em Porto Alegre e entre 801 e 1.500 em todo o Estado do Rio Grande do Sul. No início da noite, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre informou que, se descartados problemas de registro de informações no SI-PNI, confirmando aplicação fora do prazo devido, haverá monitoramento de cada uma das pessoas, com busca ativa. “Os nomes serão informados em lista pelo NIZS/DVS/SMS para cada serviço vacinador, para que as pessoas sejam informadas. Nesse caso, de acordo com o Plano Nacional de Vacinação Covid, as pessoas serão revacinadas”.

A SMS recebeu, em 25 de janeiro de 2021, um dos lotes informados na reportagem, identificado como de número 4120Z005. Este lote continha 32 mil doses no total, em frascos multidoses, com dez doses cada frasco (3.200 frascos recebidos), e era válido até 14/04/2021. De acordo com a SMS, os frascos foram distribuídos, dentro da validade, para serviços de saúde, para aplicação de profissionais de saúde vinculados às instituições, a maioria hospitais.

Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que está realizando a conferência dos imunizantes e aguardamos manifestação do PNI. “Tranquilizamos a população gaúcha e esclarecemos que caso sejam identificados doses aplicadas com qualquer insegurança em relação a sua eficácia – quer seja pelo prazo de validade ou pela conservação, há planos de contingência e segurança previstos”, diz a secretaria estadual em nota.

A SES comunica ainda que, em relação ao prazo de validade das vacinas, “o tempo foi estabelecido num momento em que não existia conhecimento científico para prazos mais longos e esses dados estão sendo constantemente atualizados, a exemplo do que aconteceu com a vacina da Janssen. Segundo relatos da Organização Mundial da Saúde, o risco se dá em relação à diminuição do efeito protetor da vacina e não ao risco de evento adverso pelo prazo de validade”. No mês passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou extensão do prazo de validade de vacinas da Janssen que seriam encaminhadas ao Brasil perto do vencimento. Órgão regulador dos Estados Unidos também já havia tomado decisão semelhante.


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